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Política

Prefeitura anuncia fim da situação de emergência na saúde em Campo Grande

Campo Grande ficou 90 dias em estado de emergência na saúde diante do aumento de internações e síndrome respiratória
Thalya Godoy -
Santa Casa foi um dos hospitais que apresentou superlotação. Imagem ilustrativa. (Divulgação, Santa Casa)

A Prefeitura de não irá prorrogar o decreto de emergência na saúde, que vigorou até a última sexta-feira (25). A situação de calamidade foi decretada em 26 de abril deste ano diante do aumento de casos de síndrome respiratória e déficit de leitos na rede pública de saúde.

Boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) apontou que a tendência era de alta de casos nas semanas seguintes. No dia da publicação do decreto, Campo Grande tinha 206 pessoas na fila por vaga em hospital. A Capital tem um déficit aproximado de mil leitos hospitalares.

Na época, nenhum hospital da rede privada tinha capacidade de ampliar leitos para atender à demanda do SUS (Sistema Único de Saúde), especialmente para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica. Uma série de medidas operacionais foram adotadas pelo prazo de 90 dias, que terminou na última semana. 

Entre as ações adotadas estavam a liberação da vacina da para todos os públicos e a possibilidade de transferir crianças do Pronto Atendimento Infantil, no bairro Tiradentes, para as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Universitário ou Coronel Antonino. As duas unidades de saúde operam 24 horas e teriam estrutura para receber os pacientes. 

Atualmente, a norma do Ministério da Saúde aponta que o paciente precisa ser transferido para um hospital depois de 24 horas de internação em uma unidade de saúde.

O Jornal Midiamax acionou a (Secretaria Municipal de Saúde) para perguntar sobre a possibilidade de prorrogação dos efeitos do decreto. Em nota, a pasta respondeu que a atual situação na saúde não justifica a continuação da medida.

“A Secretaria Municipal de Saúde informa que não haverá prorrogação do decreto, visto que a medida, adotada em caráter preventivo e temporário, teve como foco principal o enfrentamento do aumento expressivo de doenças respiratórias, especialmente durante o período sazonal de maior circulação viral. Com a redução consistente dos indicadores epidemiológicos, a Sesau avalia que o cenário atual não justifica a continuidade da emergência. O monitoramento dos casos segue sendo realizado de forma contínua, e todas as ações de prevenção, vigilância e assistência à população permanecem ativas em Campo Grande”, finaliza a nota. 

Casos dispararam 

Na mesma semana em que Campo Grande decretou situação de emergência de saúde, foram registrados 1.048 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), sendo quase metade (45,99%) em crianças pequenas, abaixo dos quatro anos. 

A informação constava no Decreto n. 16.246/2025, publicado na edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), do dia 26 de abril. A situação de emergência na saúde foi implantada após o aumento de casos de influenza, do VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e da SRAG. A alta demanda tem causado superlotação e déficit de leitos hospitalares, especialmente pediátricos. 

Campo Grande enfrentou as mesmas dificuldades na saúde pública em 2024, quando também foi decretado estado de emergência na saúde devido ao aumento de casos de SRAG. No fim de abril do ano passado, 29 crianças estavam na fila por UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Na semana epidemiológica 17ª, foram registrados 1.048 casos de SRAG em Campo Grande, sendo 482 casos em menores de quatro anos. Foi registrado aumento do uso de oxigênio em crianças nas unidades de saúde.  

O COE (Centro de Operações de Emergência) para Doenças Respiratórias e Arboviroses foi instaurado em 2 de abril. Relatório de Atendimentos do COE apontou que nos prontos atendimentos das UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde) o número chegou a 3 mil atendimentos diários nas semanas epidemiológicas 15, 16 e 17. O cenário é de alta de 125% dos casos respiratórios em abril em comparação ao mês de fevereiro.

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