Em cinco dias, a petição pelo fim do contrato com o Consórcio Guaicurus em Campo Grande já concentra 6,4 mil adesões. Por dia foram mais de 1,2 mil assinaturas por intervenção na concessão do transporte público da Capital, alvo de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Ônibus fantasmas, atrasos constantes, goteiras e até roda pegando fogo são algumas das adversidades enfrentadas pelos usuários do transporte público em Campo Grande.
Assim, a petição defendida pelo vereador Maicon Nogueira (PP) colhe assinaturas desde a segunda-feira (22). O número de adesões surpreendeu o parlamentar. “É impressionante como a população sofre dentro do transporte coletivo. Eu não imaginava milhares de assinaturas em menos de 48 horas”.
Maicon pontuou que além da assinatura on-line, os cidadãos terão pontos físicos para aderir ao documento. “Vamos para os terminais, para o centro, para as feiras da cidade. Estamos recebendo apoio do centro comunitário de Campo Grande e do movimento estudantil”, disse.
Então, o parlamentar pontuou que “mais de R$ 100 milhões foram investidos no Consórcio Guaicurus nos últimos anos. São milhares de casas populares, bairros asfaltados, remédios que não existiram porque gastamos o dinheiro errado”.
Meta
A expectativa de Maicon é reunir 50 mil assinaturas até dezembro. Até o momento, a petição atingiu 12% da meta em cerca de cinco dias.
“Nossa meta de 50 mil está próxima, pois temos até o final do ano para colher essas assinaturas. Embora a classe política acredite que não possa ter solução de curto prazo, o próprio contrato prevê”, disse o vereador.
Logo, explicou que “a intervenção é um ato legal e administrativo. Não é uma punição à empresa e sim uma defesa do usuário prevista em contrato. Tenho certeza de que a prefeitura vai se sensibilizar com a movimentação popular”, finalizou.
Alvos da CPI
Diretores e ex-diretores do Consórcio Guaicurus foram alvo de pedido de indiciamento. Há também pedido de responsabilização para integrantes das agências de trânsito e de regulação do Município, que em tese deveriam fiscalizar a execução adequada do contrato e do serviço, mas teriam negligenciado pontos essenciais como a contratação de seguro de indenização e a renovação da frota.
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Intervenção
O vereador Maicon Nogueira (PP) usou a sessão ordinária da Câmara de Campo Grande, em 16 de setembro, para nominar os diretores do Consórcio Guaicurus, os quais, ao seu ver, devem ser alvos do indiciamento mencionado no relatório final da CPI que investigou a precariedade do serviço ofertado pelo grupo detentor do transporte coletivo da Capital. Além disso, pediu a intervenção imediata no contrato bilionário de concessão.
O texto não nomina, mas direciona o pedido de responsabilização dos crimes de improbidade, peculato e exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo direto e iminente a “todos os diretores e ex-diretores do Consórcio Guaicurus”.
A forma como o relatório traz a menção aos ‘chefões’ do Consórcio causou divergência entre os membros da comissão, implicando em manifestação do parlamentar, que defendeu a citação explícita. Por essa razão, também, Maicon não assinou o relatório final, mesmo concordando com o teor do texto.
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