Ex-funcionário motorista do Consórcio, Wesley Moreli atestou a superlotação dos ônibus em Campo Grande. Em oitiva da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o transporte coletivo na Capital, o ‘Príncipe do Consórcio Guaicurus’ — como ficou conhecido — disse que os veículos andam até com gente ‘saindo pelo teto’.
Na oitiva, Coringa (MDB) questionou sobre a superlotação. O vereador da CPI relembrou que, em outras oitivas, servidores da Agetran e Agereg negaram a superlotação. Um deles é Janine de Lima Bruno, que admitiu prestar serviços ao Consórcio antes de dirigir a Agetran. O ex-diretor negou os níveis de lotação altíssimos dos veículos.
Vale lembrar que o atual diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande), Paulo da Silva, admitiu que não multa ônibus do Consórcio Guaicurus por superlotação.
O ex-funcionário disse que os ônibus são ‘sucata’ em Campo Grande. Então, disse que não acionava a central de operações para adicionar ônibus reservas.
“Não tinha o que fazer, na minha opinião eles colocam os ônibus ali porque é só isso que tem”, disse. Assim, explicou que não solicitou os reforços, por saber da realidade das empresas com frota sucateada.
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Sinalizador
“Não cheguei a pedir reforço, porque no meu ponto de vista eles têm noção do que está acontecendo. Tem câmeras, estão cientes de que existe a superlotação”, destacou.
Logo, Wesley disse que os motoristas possuem botão para sinalizar as superlotações. “A única coisa que lembro é de que no painel tem indicador de que está lotado, você envia. Agora, se eles colocavam reforço, não tem como saber”, destacou.
Com a demanda, o ex-funcionário do Consórcio disse que as empresas “colocam [passageiros] até não caber mais, a gente via que já estava saindo pelo teto. A gente passava pelos pontos e aquele monte de gente continuava. É muito feio”, lamentou sobre a situação.

Frota sucateada e superlotação
Com frota sucateada e superlotação diária, o Consórcio Guaicurus tem apenas um ônibus para cada 7,6 mil passageiros. As empresas com lucros bilionários possuem 460 ônibus para atender à demanda de 3,3 milhões de usuários por mês em Campo Grande.
Os dados foram citados nas oitivas da CPI do Consórcio Guaicurus, na Câmara de Campo Grande. Então, na segunda (12 de maio), o fiscal aposentado Luis Carlos Alencar Filho apontou o número de usuários mensais do Consórcio.
“No início do contrato, em 2012, tinha 6,5 milhões de passageiros/mês, com cerca de 507 veículos. Essa demanda permaneceu até 2016. E veio caindo e, hoje, estamos em 3,3 milhões”, afirmou em depoimento.
Contudo, o aposentado fez apontamento sobre possíveis prejuízos. “A demanda caiu muito mais que a proporção de carros em operação”. Disse, ainda, aos vereadores, que um economista poderia explicar melhor a questão de receita do Consórcio.
Logo, pontuou que os valores citados possuem base na bilhetagem eletrônica da frota. “Sistema auditável seguro, qualquer dúvida pode consultar, é muito eficiente e confiável. Essa informação não tenho dúvida sobre isso”, destacou sobre os dados.
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