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Política

Diretora acusada de coagir alunos para votar no marido é demitida quase 10 anos depois

O esposo, Eduardo Carpejani (PSDB), chegou a ser reeleito, mas renunciou ao mandato após ser condenado pela Justiça Eleitoral por "caixa dois"
Thalya Godoy -
Promotor chamou a PM para prender homem que teria sido enviado para tentar intimidar quem denunciava. (Arquivo Midiamax)

A diretora acusada de coagir alunos e professores a votarem no marido dela nas eleições, em 2016, perdeu os dois cargos efetivos que possuía na SED-MS (Secretaria Estadual de Educação de ). A demissão da servidora foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado), de quarta-feira (4), quase dez anos após a repercussão do caso.

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O esposo, Eduardo Carpejani, foi o terceiro candidato a vereador mais bem votado naquelas eleições, com 476 votos. Em 2020, já no , conseguiu se reeleger, mas renunciou ao mandato em agosto de 2024, após ser condenado pela Justiça Eleitoral por “caixa dois” nas

O tucano teve os direitos políticos suspensos, o que pode levar à perda de mandato. Quem assumiu a cadeira na Casa de Leis foi o segundo suplente do PSDB, Manoel Luiz da Silva, que, em 2020, recebeu 231 votos.

Exoneração

As denúncias na época envolviam o nome do candidato a vereador pelo PTdoB, Eduardo Carpejani, e o de sua esposa, Eliane Carpejani, diretora da Escola Estadual Roberto Scaff, em , município a 137 km de

Conforme a Resolução “P” CGE/MS N. 71/2025, a Controladoria-Geral do Estado acolheu o parecer da Procuradoria-Geral do Estado e o relatório final do PAD (Processo Administrativo Disciplinar) instaurado em 2023. 

“Aplicar a penalidade de demissão a bem do serviço público, à servidora Eliane Lopes Barbosa Carpejani, em relação aos dois cargos efetivos de professor (matrículas n. 120254021 e n. 120254022), lotada na Secretaria de Estado de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul (SED-MS)”, diz parte da publicação. 

Relembre o caso

Um grupo de professores e alunos foi até o prédio do MPE-MS (Ministério Público Estadual), em 29 de setembro de 2016, para denunciar os relatos de coação por parte da diretora da escola pública. Enquanto tentavam apresentar denúncia, novos indícios de coação foram flagrados pelo promotor que recebia o grupo. 

O próprio promotor chamou a Polícia Militar para prender em flagrante um homem que teria sido enviado ao local para filmar os denunciantes, na tentativa de intimidar o grupo.

A pressão, por parte da diretora, estaria direcionada aos alunos e professores de uma turma do noturno, do curso Normal Médio, que capacita estudantes de nível médio para atuar como docentes na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Estudantes e docentes relataram ao Midiamax as ameaças e até demissão de professora.

Na época, a então diretora negou ao Midiamax que teria coagido ou ameaçado pessoas para votarem no marido. Eliane Carpejani também alegou que a denúncia teria motivação política.

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