Deputado estadual cobra reparos de igreja interditada na Comunidade Tia Eva
Igreja São Benedito foi interditada pela Defesa Civil, nesta semana, devido ao risco de desabamento
Thalya Godoy –
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O deputado estadual Pedro Kemp (PT) apresentou à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em sessão desta quinta-feira (6), um pedido de informações ao Governo do Estado sobre as medidas adotadas para reparar os danos da cobertura, forro e telhas da Igreja São Benedito, em Campo Grande. A construção localizada na Comunidade Quilombola Tia Eva foi interditada pela Defesa Civil do Estado, na terça-feira (4), devido às rachaduras que podem levar ao desabamento do local.
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O documento pedindo informações é endereçado ao titular da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), Marcelo Miranda, e ao diretor-presidente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Eduardo Mendes Pinto.
Durante a fala, o parlamentar alertou para os riscos na estrutura e relembrou o desabamento da Igreja São Francisco, em Salvador (BA), na última quarta-feira, em que uma turista morreu. Ele ainda destacou que a igreja em Campo Grande faz parte da história da cidade. “Uma igreja centenária e patrimônio cultural da nossa Capital”, apontou.
Igreja interditada
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Equipe da Defesa Civil visitou a Igrejinha São Benedito, construída pela Tia Eva, e colocou uma fita na frente, devido a uma rachadura enorme e que pode fazer a parede ceder a qualquer momento. Desta forma, na terça-feira (4), moradores da comunidade foram alertados a não sentar na frente, já que muitos aproveitavam a sombra e tinham o hábito de ficar ali, além de crianças que brincavam nas proximidades.
Conforme o administrador e presidente da Associação dos Descendentes da Tia Eva (AD-Tia Eva), Ronaldo Jeferson da Silva, de 43 anos, a rachadura aumentou nos últimos dias e é grande o risco de queda, principalmente porque a viga do telhado cedeu e “está empurrando a parede da frente pra fora”. “Foi por isso que isolaram ali e, com essa chuvarada, pode ceder em qualquer momento. E, como falei, tem crianças que brincam ali e o pessoal que sentava na frente”, disse.
Sobre a restauração, o presidente diz que também aguarda que seja feita o mais rápido possível. “Até porque o projeto iniciou em 2019 e, em 2021, já estava pronto. Agora nós já estamos em 2025 e nada”, lamentou.
Defesa Civil confirma interdição e prefeitura diz que reconhece a ‘importância histórica’ do local
A Defesa Civil Municipal informa que a interdição foi realizada pela Defesa Civil do Estado, sendo que o órgão municipal só foi até à Igreja São Benedito passar uma fita zebrada em decorrência de um ofício recebido pelo Ministério Público, que pedia o impedimento de acesso ao local.
Já a Prefeitura de Campo Grande ressaltou que, conforme acordado com o Ministério Público, ficou responsável pelo projeto executivo do restauro do local, havendo concluído e sendo entregue à FCMS (Fundação de Cultura de MS), que conforme estabelecido será responsável pela execução da obra.
A Prefeitura “reitera seu compromisso com a preservação do patrimônio histórico e reconhece a importância histórica e cultural da Igreja São Benedito para a nossa cidade”.
Justiça mandou prefeitura reformar igreja histórica
Em janeiro deste ano, a Justiça negou recurso da Prefeitura de Campo Grande e manteve decisão para que o município execute, no prazo de 4 meses (120 dias), reformas emergenciais na Igreja São Benedito, localizada na comunidade quilombola Tia Eva, na Capital sul-mato-grossense.
A igreja foi fundada por Tia Eva, em 1912. Em 2022, foi tombada como patrimônio material de Mato Grosso do Sul.
Conforme acórdão da 3ª Câmara Cível, a prefeitura deverá pagar multa diária de R$ 1 mil até o limite de R$ 30 mil, caso não cumpra a decisão.
Dessa forma, fica mantida decisão do juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, de julho do ano passado “para determinar que os requeridos executem as medidas emergenciais necessárias para reparar os danos da cobertura/forro/telhas da Igreja de São Benedito descritos nas pranchas 4/17, 5/17, 6/17, 7/17 e 8/17 do mapeamento de danos do projeto de restauração da Igreja de São Benedito e requalificação do seu entorno imediato”.
Leia também – Com promessa e 85 mil réis, Eva Maria de Jesus fundou comunidade quilombola em Campo Grande
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