Após a Prefeitura Municipal anunciar o reajuste de R$ 0,20 na tarifa de ônibus, a vereadora de Campo Grande, Luiza Ribeiro (PT), criticou o aumento e defendeu o fim da forma concessionada do transporte público na Capital.
A parlamentar, que defende o modelo de tarifa zero, disse que o Consórcio Guaicurus ‘tem desprezo pela cidade’ por oferecer um serviço totalmente precário. Com o reajuste, a tarifa salta de R$ 4,75 para R$ 4,95.
“A relação da Prefeitura com esse Consórcio Guaicurus marcada pelo reiterado descumprimento do que consta pactuado no contrato e total desprezo à cidade que o contratou para ter um transporte coletivo eficiente e necessário para o desenvolvimento econômico e social, mas que está, literalmente, prejudicada pela postura oportunista do Consórcio e a conivência da Prefeitura”, escreveu a vereadora.
A petista ainda pontuou que a prestação de serviços dos empresários é ineficiente e irresponsável, com descaso ao interesse público.
“A prefeita Adriane Lopes concedeu quase R$ 20 milhões de subsídios em 2024. E mais: isentou de impostos (ISS) de 2025, como fez com os anteriores faz mais de uma década. Cada ano esse Consórcio recebe limpinho mais de R$ 20 milhões dos cofres da Prefeitura e deixa de pagar outros R$ 10 milhões por causa da isenção fiscal do ISS. Esses subsídios e a isenção do ISS nunca foram previstos no contrato ou da licitação”, pontuou.
Luiza ainda criticou a pesquisa mensal mantida pela prefeitura, que avalia o serviço do transporte ‘com notas elevadas para qualidade’. “Um horror. A solução é acabar com a forma concessionada que não melhora o serviço e irriga as empresas de recursos sem qualquer lastro legal. Implantar o sistema TARIFA ZERO que já está comprovado ser melhor para funcionamento do transporte coletivo de Campo Grande”, disse.
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Reajuste na tarifa de ônibus
A Prefeitura de Campo Grande divulgou o novo valor da tarifa de ônibus na noite desta quinta-feira (23). Com reajuste após determinação judicial, um passe do transporte coletivo na Capital de Mato Grosso do Sul custará R$ 4,95, aumento de 3,51%.
A informação já tinha sido confirmada pela assessoria de comunicação da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) ao Jornal Midiamax. Na terça-feira (21), a Agência confirmou que o novo valor estava na fase final de cálculos.
Reunião realizada na tarde desta quinta-feira (23) bateu martelo sobre o reajuste. Após oficial de Justiça intimar o Executivo Municipal sobre decisão judicial para um novo reajuste, o prazo de 15 dias para efetuar o novo valor do passe de ônibus começa a contar. A ação é movida pelo Consórcio Guaicurus para conseguir aumentar a tarifa.
O não reajuste da tarifa poderia render multa ao Executivo de Campo Grande. O risco era de multa diária de R$ 50 mil, penalidade solicitada pelo Consórcio em ação judicial.
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