Na quarta-feira (14), o atual diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande), Paulo da Silva, participa de oitiva na CPI do Consórcio Guaicurus. O depoimento começou tumultuado na Câmara de Campo Grande, com interrupções e longos períodos de espera para respostas.
No início da audiência pública, o diretor-presidente ficou em silêncio sobre nomes de servidores. Enquanto isso, aguardou equipe da Agetran informar os nomes em ‘cola’ para responder aos vereadores.
Neste momento, fora dos microfones, parlamentares questionaram quem seria ouvido na CPI: se o diretor ou a equipe da Agetran. Logo, o presidente Lívio Leite (União) disse que o depoente poderia consultar os técnicos.
Contudo, destacou que “a gente tem que priorizar as nossas informações”. Então, o diretor se justificou: “tenho mais de 300 servidores na Agetran, muito difícil eu saber o nome em um ano”.
Interrupção
O depoimento seguiu até a interrupção da fala de Ana Portela (PL), relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito. “Ontem a Agetran publicou um aviso de licitação que pode chegar no valor de mais de R$ 50 milhões, para colocar a Câmara para onerar mais a população campo-grandense que hoje”, disse.
Não houve conclusão do argumento, pois o vereador não integrante da comissão, Wilson Lands (Avante), interrompeu a relatora. Sem microfones, começou a falar na audiência.
Novamente, o presidente da Casa interviu e lembrou que não integrantes não participam do debate. “Peço para o senhor, por gentileza, respeitar essa comissão. Eu tenho o direito de pedir até para retirar o senhor do ambiente”, avisou.
“Wilson eu tenho que falar a realidade para a população campo-grandense, se você não quer eu falo”, disse Ana.