Audiência com mães atípicas de Campo Grande desta quarta-feira (6) terminou com encaminhamentos para inserção do grupo no mercado de trabalho. Assim, emenda ao projeto de lei nº 11.945/2025 prevê vagas exclusivas para genitores de PCDs (Pessoas com Deficiência) no PRIMT ( Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho).
Mães, avós e familiares de PCDs participaram de audiência na Câmara de Campo Grande. Conforme a Defensoria Pública, 70% das mães atípicas deixam o mercado de trabalho para cuidar dos filhos.
Entre os relatos, mulheres citaram a dificuldade de manter a vida profissional. A presidente da Comissão de Mães Atípicas de MS, Lili Daiane Ricaldi, disse que “a primeira coisa que morre é a vida profissional”.
Assinada pelo vereador Juari (PSDB), a emenda reserva 5% do total das vagas para mães atípicas. Além disso, outros 5% das vagas serão destinados a pessoas imigrantes, incluídas refugiadas e solicitantes de refúgio.
Outros encaminhamentos da audiência são a criação de um programa de empregos com carga de horário flexível e reduzida e oferta de cursos de graduação e profissionalizantes para as mães atípicas.
Além disso, os vereadores querem certificado e incentivo fiscal para empresas contratarem mães atípicas. Por fim, estão entre os andamentos previstos: implementar a rede Cuidar de Quem Cuida, como ação do Executivo Municipal; cotas em concurso para mães atípicas; reserva de vagas de estágio para pessoas com deficiência e encaminhamento à bancada federal como proposta de alterações na CLT para as mães terem mais dias de folgas para consultas.