O deputado estadual Zeca do PT disse durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul que o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Partido Liberal (PL), ‘virou melancia’ ao apoiar candidatos do PSDB em MS.

Durante fala em sessão, o parlamentar “parafraseou” o ex-presidente do diretório estadual do PL em MS, Marcos Pollon, que em março, durante evento do PL em Dourados, disse que ‘melancia no PL era só na mesa’. Na ocasião, o deputado federal chegou a usar facão para partir melancia ao meio durante o discurso.

Pollon se referiu a políticos que afirmavam ser de direita, mas que defendiam ideologias da esquerda. “Se você está tentando se esconder atrás das cores da bandeira do Brasil para enganar a população do Mato Grosso do Sul, meu amigo, sai enquanto é tempo”, disse no vídeo.

Na Alems, Zeca alfinetou o apoio do partido de Bolsonaro. “O PL virou melancia e quem vai para o segundo turno é Camila Jara e Rose Modesto”, comentou o deputado nesta quinta-feira (15). Zeca é vice candidato na chapa encabeçada pela deputada federal, Camila Jara.

Negociações implodiram candidaturas da direita em MS

O acerto do grupo de Reinaldo Azambuja com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) implodiu candidaturas da direita em cidades de Mato Grosso do Sul. Além de Campo Grande, em Dourados, a então pré-candidata a prefeitura Gianni Nogueira (PL), foi submetida a retirar candidatura para apoiar e ser vice de Marçal Filho (PSDB).

Às vésperas de convenção no município, que foi realizado no dia 2 de agosto, o diretório do partido teria sido pego de surpresa com as negociações da cúpula nacional do PL com o PSDB de MS, presidido por Reinaldo. O ex-governador teria exigido que a esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) retirasse a candidatura.

A negociação se assemelha com a manobra feita pelo diretório tucano com a executiva nacional do Partido Liberal para candidatura em Campo Grande. Bolsonaro anunciou no dia 31 de julho o apoio ao candidato do PSDB na Capital, indo na contramão da expectativa dos eleitores da direita. A ex-subcomandante da PMMS, Neidy Centurião, se filiou ao PL para concorrer ao lado de Beto Pereira — que pode ficar inelegível por ter contas reprovadas no TCE-MS (Tribunal de Contas) da época em que era prefeito de Terenos.