Relatório da Comissão que analisa contratos da Operação Cascalho de Areia não aponta irregularidades

Foram pelo menos cinco de investigação da Comissão da Câmara de Campo Grande

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Alicce Rodrigues- Midiamax)

A Comissão da Câmara de Campo Grande que analisava os contratos investigados na Operação Cascalho de Areia ficaram prontos e, a princípio, não foram encontradas irregularidades. Foram pelo menos cinco de investigação.

De acordo com o presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges, o Carlão do PSB, após nenhuma irregularidade ter sido encontrada pela comissão, os documentos foram encaminhados para os órgãos competentes.

“A Câmara foi aos bairros e não foram encontradas irregularidades. Depois encaminhamos os documentos para serem analisados pelos órgãos que nós encaminhamos, como o Ministério Público”, disse.

Comissão foi formada em julho de 2023 e em dezembro o presidente da Casa já havia informado que o relatório estaria pronto e que passaria por uma revisão.

A comissão analisou os contratos investigados entre o município e as empreiteiras que deveriam asfaltar bairros da cidade, mas não entregaram as obras.

Comissão avaliou documentos

No começo do mês de julho, um servidor foi até a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), com pen-drive, para solicitar cópias dos contratos investigados na Operação Cascalhos de Areia.

As empresas relatadas na investigação seriam pertencentes ao empresário André Luiz dos Santos, o ‘Patrola’. São elas a Engenex Construções e Serviços (CNPJ 14.157.791/0001-72) e a A.L.S. Construtora (CNPJ 15.084.261/0001-04).

A investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foi até os locais, onde supostamente deveriam ocorrer obras, conforme detalhado nos contratos milionários. No entanto, o que foi encontrado foram ruas de terra.

O Midiamax detalhou os endereços apontados no procedimento, que foram vistoriados. Em quase todos os relatórios, o resultado foi de que não havia indícios de intervenção ou melhorias.

No máximo, algumas ruas foram niveladas. Porém, nem mesmo cascalho foi colocado e os moradores das regiões afetadas reclamavam da falta de obras. Os servidores da Sisep alvos da operação foram Medhi Talayeh, engenheiro e supervisor, Edivaldo Aquino Pereira, gestor de projetos, Erik Antônio Valadão Ferreira de Paula, Fernando de Souza Oliveira, e o ex-secretário Rudi Fiorese.

A Sisep foi alvo de buscas durante a operação. Nas investigações, o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) identificou que a Engenex Construções contratava pessoal meses antes de vencer as licitações com a Prefeitura de Campo Grande. O primeiro contrato teria acontecido em 2012.

Os contratos seguiram na gestão de Marquinhos Trad (PSD) em 2018. O primeiro contrato de 2012 teria sido para limpeza e manutenção de praças, conquistado 5 meses após a Engenex ser criada, na época pelo pai de Mamed Dib Rahim.

Os outros três contratos firmados com a prefeitura são para serviços relacionados com execução de manutenção de vias não pavimentadas e estão em andamento.

Conteúdos relacionados