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Política

‘Prioridade é liberdade’, avisa defesa de Claudinho Serra após rumores no PSDB anteciparem renúncia

De olho na campanha de Beto Pereira, ideia da renúncia de Claudinho Serra circula depois que nome de Sérgio de Paula surgiu em anotações de empreiteiros
Evelin Cáceres, Anna Gomes -
Sérgio de Paula, ex-presidente do PSDB-MS, com Claudinho Serra: ex-chefe de gabinete na Casa Civil (Reprodução Assessoria de Imprensa/ claudinhoserra.com.br )
Sérgio de Paula, ex-presidente do PSDB-MS, com Claudinho Serra: ex-chefe de gabinete na Casa Civil (Reprodução Assessoria de Imprensa/ claudinhoserra.com.br )

Após rumores no PSDB de renúncia, a defesa de Claudinho Serra (PSDB) informou ao Jornal Midiamax nesta quarta-feira (24) que suposta entrega do cargo na Câmara Municipal de Campo Grande só será avaliada após o vereador deixar a cadeia.

“Nossa prioridade, como advogado, é conseguir a liberdade para o vereador Claudinho Serra. Minha orientação, como defesa, é que seja tratado primeiro o pedido de liberdade. Aí sim, então, o Claudinho pode lidar com as questões do mandato”, explicou o advogado, Tiago Bunning.

No entanto, o entendimento não é unanimidade entre correligionários do vereador no diretório municipal do PSDB. Assim, rumores espalhados anteciparam até a data da suposta renúncia, para esta sexta-feira (26).

A reportagem acionou oficialmente o diretório estadual do PSDB em MS, que ainda não se manifestou.

Enquanto isso, o diretório municipal de Campo Grande do PSDB se limitou a informar que ‘acompanha o andamento da investigação e, pelo estatuto, na ausência de um titular, automaticamente assume um suplente’.

Ligação com Sérgio de Paula preocupa pré-campanha de Beto Pereira

De acordo com correligionários ouvidos pela reportagem, a movimentação ocorreu após a citação de Sérgio de Paula em anotações de cadernos apreendidos em empreiteiras durante a Operação Tromper ser revelada pelo Jornal Midiamax.

Desta forma, a legenda avalia o impacto do escândalo nas eleições de 2024. O medo é que as investigações do esquema de corrupção respinguem na pré-candidatura de Beto Pereira (PSDB) em Campo Grande.

Claudinho Serra não foi eleito em 2020.

Mas, ficou com a vaga de vereador na Câmara de Campo Grande depois que o titular, Ademir Santana (PSDB) renunciou. Conforme explicou, Ademir abandonou o cargo para o qual foi eleito após “acordo político” justamente para assumir a coordenação de campanha de Beto Pereira.

Nesta quarta-feira (24), o vereador Claudinho Serra completa 21 dias preso.

O tempo de cadeia aumenta a pressão interna no PSDB da ala preocupada com a pré-campanha de Beto Pereira. Além disso, Claudinho Serra também foi chefe de gabinete de Sérgio de Paula na Casa Civil do Governo de MS.

Em nota, a defesa de Sérgio de Paula feita pelo escritório Arnar Ribeiro afirmou que está tomando conhecimento os autos para definir ações de preservação dos direitos do secretário. Além disso, que desconhece tais fatos e que De Paula não é investigado.

Renúncia: caminho para ‘abafar’ caso e soltar Claudinho Serra?

A informação sobre a suposta renúncia correu em redes sociais e sites que supostamente mantêm algum tipo de ligação com membros do diretório do PSDB. Na sequência, circulou até suposta nota oficial desmentindo.

Porém, o advogado nega que a nota que circula por grupos nas redes sociais sobre o vereador afirmar que ‘jamais renunciaria’ seja da defesa. “Não sei de quem é. As notas encaminhadas pelo meu escritório são timbradas e assinadas”, afirmou.

Além disso, a assessoria de comunicação do vereador do PSDB também disse desconhecer a nota. O assessor afirmou à reportagem que ainda verificaria informações sobre o pronunciamento, mas não confirmou a autoria.

Segundo membros do diretório do PSDB que aceitaram falar sem se identificar, a tese ‘vendida’ internamente é que a renúncia ‘facilitaria’ a liberdade de Serra. Além de diminuir os riscos de o ‘escândalo se aprofundar em escala’.

Entretanto, Claudinho Serra não adotou postura colaborativa com as investigações. O vereador e mais 5 réus presos e negaram as senhas para os investigadores acessarem o conteúdo dos celulares apreendidos.

Carlão já acionou TRE-MS sobre vaga de Claudinho Serra

Enquanto isso, o presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlão (PSB) negou nesta quarta-feira ter recebido pedido de renúncia.

No entanto, Carlão, depois de defender que o fato de Claudinho Serra ser réu por corrupção ‘não tinha nada a ver’, acionou o TRE-MS. O presidente da Câmara quer saber quem seria o suplente em caso de vacância no mandato do vereador do PSDB-MS.

O vereador pode ser afastado após faltar dez sessões consecutivas. E perderia o mandato se faltasse a trinta sessões consecutivas.

Réu por corrupção na cidade onde a sogra é prefeita

A terceira fase da Operação Tromper foi deflagrada no dia 3 de abril pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Militar. Na ocasião, 8 alvos acabaram presos.

Também foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão. Preso em casa, no Dhama II, o vereador Claudinho Serra acabou no Centro de Triagem em Campo Grande.

Esta é a terceira fase da Operação Tromper, que apura os crimes de corrupção e de fraudes em licitações em Sidrolândia.

O vereador do PSDB em Campo Grande é genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP). Os vereadores de Sidrolândia, sob grande pressão popular, abriram um procedimento investigatório contra a sogra de Claudinho nesta terça-feira (23)

Após a prisão, Claudinho Serra e outras 21 pessoas se tornaram réus acusados de operar esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, após o juiz receber a denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), na última quarta-feira (17).

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