A Nacional do definiu uma nova presidência do partido em Mato Grosso do Sul. O vereador Papy deixou a liderança da sigla que passa ser assumida pelo advogado Luiz Guimarães.

Papy deixou a presidência em julho do ano passado. Depois quem assumiu a frente da sigla foi Roberto Parillo e agora Luiz está como presidente há três meses. Conforme o vereador, a decisão foi feita pela nacional do Solidariedade. O parlamentar já havia comentado que deve deixar a sigla nas eleições de 2024 e explica que a definição do partido é algo ‘normal'.

Com a ideia de disputar as eleições pelo PSDB, Papy diz que ainda é muito cedo para ‘decretar' o futuro e se limita dizendo que está conversando com os partidos para saber qual o melhor caminho.

“Não participei de uma reunião com o Solidariedade. A nacional que decidiu colocar o advogado na presidência. Considero que é algo normal. A minha ideia inicial é ir para o PSDB, mas ainda estou conversando com os partidos. Agora é um momento de diálogo”, destacou.

Papy também explica que vai aguardar a ‘janela partidária' um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes do pleito, ou seja, entre março e abril de 2024.

Luiz Pedro, que ficou a frente do Solidariedade, já tentou, por pouco tempo, disputar as eleições da prefeitura em 2016 pelo Pros, mas desistiu da candidatura. Agora, de acordo com o portal do partido, Papy segue na executiva, mas no cargo de secretário do aposentado, pensionista e idoso.

Em fevereiro do ano passado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aceitou o pedido de incorporação entre as legendas Pros e Solidariedade. A fusão permite que ambos somem votos para fins de computação de recursos do fundo partidário e tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão – direitos que as legendas perderam ao não atingir a cláusula de barreira nas eleições de 2022.

Quem também foi para o Solidariedade, com planos engatilhados para 2026, é o também advogado Puccinelli Júnior. Ele deixou o MDB para assumir a vice-presidência do Solidariedade após 30 anos de atuação no grupo.

“Eu sempre fui filiado ao MDB do meu pai e considero um partido que devolveu a ao Brasil, mas sempre me identifiquei com o SD. O presidente Paulinho da Força convidou meu pai para a presidência, para reorganizar o partido e meu pai conversou comigo, o Paulinho me ligou, falou do projeto e eu aceitei”, revelou ao Midiamax.

Entre os planos para os próximos pleitos, está a conquista de duas cadeiras na Câmara Municipal de Campo Grande. Já em 2026, a sigla pretende lançar um candidato a deputado federal em Brasília.

O novo partido de Puccinelli Jr será um dos aliados do ex-governador para a disputa municipal de 2024. Para isso, o emedebista tem articulado várias alianças, como, por exemplo, do PSDB, União Brasil, entre outros.

No dia 25 de agosto, o ex-mandatário já havia afirmado ao Midiamax em convenção do MDB de MS, que a chapa para as Eleições poderia ter composição partidária. “Estou tentando estruturar com o partido as condições necessárias para ser candidato a prefeito, que é o plano A”, disse.

“Plano B é Senado. Numa composição dessas, eventualmente plano B é Senado e, eventualmente, plano C é deputado federal”, finalizou.

Puccinelli Júnior afirma que, agora, o Solidariedade pretende formar um arco de alianças, que, inclusive, tem conversado com a superintendente da Sudeco, Rose Modesto, para compor chapa com o ex-governador André, no plano A do pai.

Quanto ao cargo no TCE (Tribunal de Contas do Estado), o vice-presidente do Solidariedade assegurou não ser impeditivo para ocupar seu cargo político. Quando questionado sobre possível eleição, Puccineelli Júnior disse que não aceitará convites para candidatura a vereador ou outros cargos.