Mais um suplente entra na briga por vaga de Claudinho Serra na Câmara de Vereadores

Delegado Wellignton de Oliveira também entrou na disputa com Dr. Lívio e Gian Sandim pela cadeira ocupada por Claudinho Serra

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Delegado Wellington de Oliveira. (Divulgação Câmara de Vereadores)

A disputa pela vaga do vereador Claudinho Serra (PSDB) ganhou mais um concorrente. O delegado e ex-vereador Wellington de Oliveira protocolou no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), nesta quinta-feira (16), um mandado de segurança como interessado em assumir a cadeira do parlamentar tucano. O suplente escolhido assumirá o cargo temporariamente, enquanto Serra estiver afastado das atividades da Casa de Leis.

“Entrei no mandado de segurança como terceiro interessado por estar na frente do Gian [Sandim]”, explicou Wellington de Oliveira ao Midiamax

Nas eleições municipais de 2020, o delegado Wellington recebeu 1.811 votou e terminou a corrida eleitoral como quinto suplente do PSDB. 

Já na disputa pela vaga ocupada por Claudinho Serra, ele é o terceiro interessado. Havia a expectativa de que o Dr. Lívio assumisse o cargo, nesta quinta-feira (16), após orientação do TRE-MS à Câmara de Vereadores sobre quem seria o suplente de Serra. Contudo, o oitavo suplente do PSDB, Gian Sandim, conseguiu que um mandado de segurança suspendesse a posse de Dr. Lívio. 

Já o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSDB), afirmou que a análise do recurso sobre o mandado de segurança deve ficar para a próxima semana. “Vou aguardar, semana que vem irei analisar”, promete. 

A vaga disputada pertence atualmente ao vereador Claudinho Serra. Ele foi preso em 3 de abril, na terceira fase da Operação Tromper, e foi liberado mediante o uso de tornozeleira eletrônica em 26 de abril. 

Documento apresentado por delegado Wellington de Oliveira. (Arquivo Pessoal)
Documento apresentado por delegado Wellington de Oliveira. (Arquivo Pessoal)

Impasse entre suplentes

Todo o imbróglio ao redor da substituição de Claudinho Serra é antigo porque ele também era suplente. Dois vereadores eleitos pelo PSDB, João Cesar Mattogrosso e João Rocha, se licenciaram dos cargos em 2021 e 2023 para assumir, respectivamente, as secretarias de Cultura e Governo da Prefeitura de Campo Grande.

Com isso, os suplentes diretos, Ademir Santana e Claudinho Serra, todos tucanos, foram convocados e tomaram posse na Câmara.

Diante disso, os próximos da fila em caso de uma nova saída de vereador do PSDB seriam, na ordem: Lívio Leite, Elias Longo Junior, Wellington de Oliveira, Antonio Ferreira da Cruz Filho, Cida Amaral e, em 8º lugar na suplência, Gian Sandim.

Ocorre que a maioria dos suplentes deixou o PSDB desde a eleição de 2020, com exceção de Gian, que permanece no ninho tucano. Wellington de Oliveira, que estaria a frente de Gian na ordem da suplência, também permanece no PSDB.

Lívio Leite, contudo, sustenta que migrou do PSDB para o União Brasil na janela partidária, período em que políticos podem, segundo a legislação eleitoral, deixar o partido sem perder o mandato.

Claudinho Serra preso

Claudinho Serra é acusado de ser o mentor de suposto esquema de corrupção que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia na época em que foi secretário Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica na gestão da sogra, Vanda Camilo (PP). 

Após ganhar liberdade, Claudinho Serra apresentou à Câmara de Vereadores, em 30 de abril, um atestado médico alegando “abalo psicológico”. Já na última terça-feira (14), o parlamentar entregou um pedido de afastamento das atividades da Casa de Leis por 120 dias para tratar de “interesses particulares”. 

Setembro, um mês antes das eleições de 2024 que acontecem em outubro, será o limite para o vereador Claudinho Serra (PSDB) voltar a comparecer nas sessões ordinárias da Câmara de Campo Grande.

Ainda segundo o presidente da Câmara, durante todos os meses de prisão, atestado e afastamento, Claudinho não vai receber remuneração da Casa de Leis. Da mesma forma, também não pode se afastar novamente, já que o limite é de 150 dias, conforme o regimento.

“O limite para faltas é 150 dias. Com 120 de afastamento e mais 30 de atestado, ele não pode prorrogar o prazo”, disse o presidente da Câmara.

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