O vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB) apresentou um pedido de afastamento das atividades da Câmara Municipal pelo período de 120 dias para tratar de “interesse particular”, sem remuneração. 

O parlamentar já estava afastado da Casa de Leis há 15 dias após apresentar um atestado médico alegando abalo psicológico. Ele ficou preso preventivamente entre 3 e 26 de abril, e recebeu liberdade mediante uso de tornozeleira eletrônica. 

Ele é acusado de ser o mentor do suposto esquema de corrupção que desviava recursos públicos da Prefeitura de Sidrolândia na época em que foi o secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica. Vanda Camilo (PP) é sogra de Serra e prefeita do município. 

O presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSDB), confirmou ao Midiamax que recebeu o pedido de licença de Serra. 

No comunicado enviado à imprensa por intermédio do advogado, o vereador justifica o pedido de afastamento para a “integridade psicológica” e se dedicar à defesa no processo. 

Ele também repetiu o discurso que os fatos investigados são antigos e não têm ligação com o mandato. “Meu histórico de vida pública não apresenta qualquer desvio, jamais fui condenado e nem respondi a processos criminais anteriormente”, afirma. 

Confira a nota assinada por Claudinho Serra: 

“Há 15 dias, seguindo recomendações médicas, solicitei licença para tratamento de saúde. Para continuar o tratamento da minha saúde, bem como para preservação da minha dignidade, integridade psicológica, com o fim de cuidar do bem-estar da minha família e concentrar todos os esforços em minha defesa, decidi pedir licença para tratar de interesse particular, sem qualquer remuneração.

Reafirmo a população de Campo Grande/MS, aos colegas Vereadores e principalmente aos 3.616 eleitores que confiaram a mim o seu voto, que os fatos investigados são antigos e não possuem qualquer relação com o mandato de vereador que exerço desde maio de 2023.

Meu histórico de vida pública não apresenta qualquer desvio, jamais fui condenado e nem respondi a processos criminais anteriormente.

Seguro da minha inocência e confiante imparcialidade das autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público, acredito que a justiça será feita e serei absolvido das acusações que pesam sobre minha pessoa”, finaliza.

Convocação de suplente

Lívio Leite (União Brasil) foi convocado oficialmente pela Câmara de Campo Grande para assumir a vaga do vereador Claudinho Serra (PSDB). A convocação do 3º suplente foi publicada em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), nesta terça-feira (14).

A publicação é assinada pelo presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges (PSB). Assim, Lívio terá prazo de 30 dias, a partir desta terça-feira (14) para assumir a vaga.

A convocação do suplente de Claudinho Serra (PSDB) foi divulgada por Carlão, na última segunda-feira. A medida foi na contramão do que o presidente da Casa de Leis da Capital tinha afirmado nas semanas anteriores, já que o regimento interno não previa essa obrigação de convocar o suplente do vereador.

Dr. Lívio assume cadeira

Dr. Lívio foi eleito como vereador em Campo Grande, em 2016, com 4.518 votos pelo PSDB, mas nas eleições municipais seguintes não conseguiu uma cadeira e terminou como terceiro suplente do partido tucano ao receber 2.772 votos.

Ele mudou da sigla para o União Brasil, em 27 de março deste ano, durante a janela partidária, que fechou em 6 de abril.  

Após convocação nesta terça-feira (14), Lívio apresentou documentações na Casa de Leis para assumir a vaga de Claudinho Serra e espera participar da sessão ordinária já na quinta-feira (16). O presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), confirmou a entrega das documentações.

O presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), confirmou a entrega das documentações.

Vereador preso

Claudinho Serra apresentou à Casa de Leis um atestado médico de 30 dias sob a justificativa de “abalo psicológico” após ganhar liberdade, em 26 de abril, mediante uso de tornozeleira eletrônica. 

O parlamentar tucano foi preso em 3 de abril na terceira fase da Operação Tromper, acusado de ser o mentor de suposto grupo criminoso que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia na época em que foi secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica. A sogra de Claudinho Serra é a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP). 

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