Cinco dias depois do presidente municipal do PL, Tenente Portela, surpreender ao retirar apoio à pré-candidatura de Rafael Tavares e se lançar como nome do partido de Jair Bolsonaro na disputa interna para corrida eleitoral em Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) disse, nesta quarta-feira (15), que ‘gostaria muito de caminhar junto’ ao ser questionada sobre composição da chapa.
Na semana passada, quando anunciou que é um dos pré-candidatos do PL à prefeitura e que espera decisão de Bolsonaro, Tenente Portela afirmou que não descartava apoio ao PP. Portela foi chefe da Defesa Civil na gestão de Adriane Lopes durante seis meses.
A definição sobre qual caminho o PP e o PL irão trilhar na corrida eleitoral municipal deve ser acertada entre a presidente estadual do PP, senadora Tereza Cristina, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, líder do PL.
Em agenda pública nesta quarta, ao ser questionada sobre possível construção de Portela como seu vice, Adriane Lopes demonstrou interesse na composição.
“Portela esteve conosco, fez uma boa gestão na Defesa Civil, tem o nosso respeito, o nosso carinho. Isso é uma construção que está sendo feita pela senadora Teresa Cristina, nossa presidente estadual do partido. Esse prazo ainda não expirou e acho que nesse prazo as construções continuam. E a gente tem grande aprendizagem. Tenho respeito, e gostaríamos muito de caminhar juntos na Capital”, disse.
Até o momento, nenhum outro nome foi ventilado como possível vice de Adriane Lopes na disputa à reeleição.
Portela, que é suplente da senadora Tereza Cristina (PP) no Senado Federal, assumiu a presidência do PL em Campo Grande em fevereiro deste ano. Ele é oficial do Exército e amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro. Eles se conheceram em 1970 em Nioaque, quando serviram juntos como militares.
O apoio do PL ou composição em uma chapa à prefeitura é considerado a ‘menina dos olhos’ para políticos de direita, isso porque uma campanha com apoio de Bolsonaro pode angariar votos preciosos para os candidatos.
Indefinição no PL
Portela é o terceiro nome do PL na disputa eleitoral em Campo Grande. Além dele, o ex-deputado estadual Rafael Tavares e o deputado estadual João Henrique Catan também se colocam como pré-candidatos.
O presidente municipal da legenda afirmou que o PL passou a ter desgastes desde a confirmação de Tavares como pré-candidato em Campo Grande e que divergências levaram à tomada de decisão.
“Começaram a aparecer certas coisas e houve um desgaste no partido, o que decorreu outros desgastes e que chegaram até o Bolsonaro. Diante disso, houve um descontentamento por parte dele […] E em torno disso, um grupo de empresários que a gente tem, conversaram comigo e disseram que não acompanhariam o PL nessa situação. Falei com o Bolsonaro que iríamos mudar e coloquei meu nome como pré-candidato. O PL não vai acompanhar o Rafael Tavares. Apesar de suas qualidades, não vai”, disse à reportagem.
