Deputados estaduais discutem eleições unificadas no país durante sessão na Alems
Quem iniciou as discussões foi o deputado Junior Mochi (MDB)
Mariane Chianezi, Beatriz Magalhães –
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Os deputados estaduais discutiram a unificação das eleições no país durante a sessão plenária desta quarta-feira (16) na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). Vários parlamentares manifestaram opinião sobre o tema.
Junior Mochi (MDB) fez uso da tribuna para defender a alteração na Constituição Federal, com o objetivo de tornar as eleições gerais e municipais únicas no Brasil.
Mochi sugeriu que a mudança no sistema eleitoral seja por meio de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) a ser apresentada por mais da metade das assembleias legislativas.
“A unificação reduziria os custos para organizar as eleições e os gastos das campanhas. O modelo atual, com eleições intercaladas a cada dois anos, prejudica as políticas públicas, já que não pode haver transferências, paralisando as obras e os serviços públicos”, justificou.
O presidente Gerson Claro (PP) defendeu que os eleitores votem no mesmo dia para os cargos no Executivo (prefeito, governador, presidente da República) e no Legislativo (vereadores, senadores, deputados estaduais e federais).
“Hoje, o chefe do Executivo eleito fica um ano arrumando a casa. No segundo ano, já começa a participar de outro processo eleitoral e, em seguida, vem o processo de reeleição. Sou a favor da mudança no sistema eleitoral, pois evitará a interrupção da gestão, a cada dois anos, em razão de eleições”.
Zeca do PT e Gleice Jane, ambos do PT, são veementemente contrários à coincidência das eleições municipais e gerais (estaduais e nacional). Para eles, a eleição é o momento em que a população participa dos debates sobre políticas públicas. “Somos contra qualquer proposta que vise à diminuição da participação popular. Defendemos a democracia e o direito de os cidadãos em exercer o voto sempre que for necessário”, ressaltou Gleice.
Para Lidio Lopes (sem partido), a pauta da unificação eleitoral é urgente. “A verdade é que a população não aguenta mais eleição a cada dois anos, constatamos isso no primeiro turno em Campo Grande, onde 164.799 eleitores faltaram, o que representa 25% do eleitorado”.
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