Defensora da regulamentação do cigarro eletrônico, Soraya mostra produtos durante audiência
Soraya é autora de projeto que cria regras para produção, comercialização, fiscalização e propaganda dos cigarros eletrônicos
Diego Alves –
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Defensora da regulamentação do cigarro eletrônicos, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) apresentou vários dos produtos em questão que são vendidos ilegalmente e livremente no País. A audiência aconteceu nesta terça-feira (21) na Comissões de Assuntos Econômicos, de Assuntos Sociais e de Fiscalização e Defesa do Consumidor, onde foi discutida importação, exportação, comercialização, controle, fiscalização e propaganda dos cigarros eletrônicos.
Soraya é autora do projeto, (PL 5008/2023) em tramitação na casa, que cria regras para produção, comercialização, fiscalização e propaganda dos cigarros eletrônicos.
A senadora afirma que a regulamentação da matéria pode garantir regras sanitárias mínimas para a produção dos cigarros eletrônicos, e melhor fiscalização do comércio e da publicidade, impedindo abusos e inibindo a sua oferta para menores de idade. Na opinião dela, o cenário impede as pessoas de saberem as substâncias que estão consumindo por meio dos dispositivos:
“Por que que eu não posso processar o dono disso daqui? Porque tá ‘liberado geral’, porque tem alguém protegendo o contrabandista ou o traficante também. Eu não sei como enquadrar, porque se o produto é ilícito…em tese é nicotina, em tese, é nicotina, mas as pessoas podem estar inalando qualquer coisa”, diz a senadora.
Participantes do debate ficaram divididos em relação ao projeto. Contrários à matéria alegaram que a regulamentação vai estimular o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar, o que prejudica a saúde das pessoas e gera impactos no sistema de saúde.
Especialista em tratamento de tabagismo, Jaqueline Scholz, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, afirmou que, apesar de serem vendidos como alternativa para quem quer parar de fumar, os cigarros eletrônicos fazem com que as pessoas inalem mais micropartículas e provocam dependência à nicotina mais rapidamente do que os convencionais.
“Eu diria que a intensidade da dependência à nicotina é maior. O sofrimento, a crise de ansiedade que a pessoa tem na abstinência é absurda e impede por demais a sensação espontânea, coisa que muitas vezes, no cigarro, algumas pessoas até conseguem a sensação espontânea. No eletrônico, elas ficam totalmente vendidas à essa condição da dependência”, disse Jaqueline Scholz. Vídeo inclusive foi postagem com tom de humor, em uma rede social:
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