A decisão sobre a possível candidatura própria do Partido Liberal em tem segurado possíveis mudanças partidárias de alguns vereadores da Câmara da Capital, que ainda esperam a definição do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

Um exemplo são os parlamentares do , que são aliados da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP). Com a fusão do partido com o PTB, eles devem mudar de sigla em breve. Com as negociações entre Avante e PL, alguns ainda aguardam a decisão de Bolsonaro, já que têm interesse em apoiar a candidatura de Adriane nas eleições municipais de 2024.

O impasse entre o PL ter ou não uma candidatura própria em Campo Grande continua. Conforme o Deputado Federal e presidente estadual do PL em Mato Grosso do Sul, Marcos Pollon, a decisão está nas mãos de Bolsonaro.

A possibilidade do Partido Liberal ter um candidato para disputar a prefeitura de Campo Grande poderia ficar definida neste sábado (24), quando estava agendada a visita de Bolsonaro em um evento de filiação na Capital, mas o ex-presidente desmarcou a presença no evento, que conta com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Na contramão, nesta semana, o ex-presidente disse que a decisão de candidatura em Campo Grande para as eleições deste ano passam pela senadora Tereza Cristina (PP) e pelo deputado federal Marcos Pollon (PL). A entrevista foi concedida à Rádio CBN de Recife no último dia 21 de fevereiro.

Também nesta semana, o nome do deputado estadual (PL) foi citado por Bolsonaro durante entrevista como o candidato do partido em Campo Grande.

Ainda neste mês de fevereiro, na retomada dos trabalhos da Câmara de Campo Grande, Tereza Cristina disse que tem negociado apoio de Bolsonaro na candidatura de Adriane Lopes. Porém, eleitores do PL pedem que o partido tenha um candidato próprio e o impasse na Capital continua.

Em 2023, após a fusão entre o PTB e o Patriota ser homologada, o deputado estadual anunciou a saída da nova sigla, o PRD (Partido Renovação Democrática).

Lídio era presidente estadual do Patriota, mas a presidência da nova sigla seguia um impasse, já que do outro lado tinha o Delcídio do Amaral, ex-presidente estadual do PTB, o qual se tornou presidente do PRD.

Todos os vereadores do então Patriota seguem a decisão do líder, Lídio Lopes, e esposo da prefeita de Campo Grande, Adriane. Há algumas semanas, o deputado estadual disse ao Midiamax que segue com as negociações sobre a nova sigla, adiantando que está conversando com o PL e com o Avante.

Ao Midiamax, fontes informaram que nesta semana aconteceu uma reunião, a qual, ficou pré-definida que os vereadores que eram do Patriota e alguns secretários municipais que deixam as pastas para concorrer uma cadeira na Câmara devem seguir para o Avante. Na contramão, tem parlamentar ressaltando que as negociações com o PL também continuam.

Um exemplo é o vereador Sandro Benites. Ele diz que continua conversando com o Avante e com o PL, mas adianta que o apoio será de Adriane Lopes. Logo, se o PL tiver candidato próprio, ele não deve se filiar à sigla.

Neste mês de fevereiro, Paulo Lands que era do Patriota e ocupou o lugar de Sandro Benites quando estava a frente da Secretária Municipal de Saúde, ‘bateu o martelo' dizendo que vai concorrer às eleições municipais pelo Avante.

Na Câmara, o Patriota também tem a cadeira de Edu Miranda. O parlamentar diz que continua negociando entre PL e Avante. O vereador deve seguir a decisão de Lídio Lopes.

A cada ano eleitoral, ocorre a chamada “janela partidária”, um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes do pleito, ou seja, entre março e abril de 2024.

Até lá, os parlamentares negociam com os partidos essas mudanças, em busca de maior vantagem no pleito, viabilidade eleitoral e apoio financeiro.