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Política

Consultoria contratada por inexigibilidade em Campo Grande é analisada por vereadores

Parlamentares estranham que empresa com capital social de R$ 1 mil tenha dois contratos com a Prefeitura para consultoria técnica
Evelin Cáceres, Anna Gomes -
O vereador Victor Rocha (PP) (Divulgação)

O vereador Victor Rocha (PP) disse nesta terça-feira (27) que vai pedir explicações à Prefeitura de e à (Secretaria Municipal de Saúde) sobre a contratação, por inexigibilidade de licitação, de uma empresa de consultoria para a construção do hospital municipal.

“A empresa tem o capital social de R$ 1 mil. Se buscar no LinkedIn, qual é a expertise do sócio, você consegue avaliar melhor. Nós vamos questionar exatamente isso. Não foi colocado o valor e a gente vai avaliar isso aí, vou mandar um ofício pra prefeita prestar um esclarecimento a respeito dessa licitação”, disse.

Victor reclama que não foi apresentado estudo. “Só dizem ter um espaço, uma área pública, uma parceria público-privada, que ia construir um hospital de não sei quantos metros quadrados, mas não falam o local. Eu vou cobrar isso na quinta-feira, na audiência pública da Sesau. Vou pedir mais informações para a Secretária Municipal de Saúde”, complementou o parlamentar.

Presidente da , o vereador (PSB) apontou a contratação como ‘uma fria’. “Isso é fria. Ué, vai gastar dinheiro pra ver se pode fazer um hospital? Pergunta para as pessoas. As pessoas sabem se precisa ou não. Não precisa gastar dinheiro pra saber se precisa ou não. A Câmara vai entrar contra. A Câmara não vai aceitar gastar dinheiro pra fazer uma consultoria pra fazer o hospital. O hospital tem que fazer o projeto de construir”, disse Carlão.

Contrato

A Prefeitura de Campo Grande divulgou nesta terça-feira (27) a contratação, por inexigibilidade de licitação, ou seja, quando não há empresas que prestem o mesmo serviço ou quando não há tempo hábil para abrir um processo licitatório, uma empresa para fazer a consultoria para construção do hospital municipal, anunciado no ano passado pela prefeita Adriane Lopes (PP).

A empresa, H B Treinamentos Ltda, é a mesma que fará consultoria para a sinalização viária da cidade, contratada também por inexigibilidade, no último dia 21 de fevereiro.

Sem divulgar valores no Portal da Transparência, a prefeitura quer encontrar, por meio da empresa, “a melhor solução para a construção integral de um complexo hospitalar municipal, inclusive com equipamentos, mobiliários hospitalares em geral e serviços de facilities necessários para o funcionamento de um complexo hospitalar”.

Hospital municipal

Segundo divulgado em 14 de setembro de 2023 pela Prefeitura, o investimento para o hospital municipal é de R$ 200 milhões por meio de PPP (Parceria-Público-Privada). Conforme a líder do poder executivo municipal, o local terá capacidade de atender 1,5 mil pessoas.

O novo espaço terá 250 leitos de internação, 10 salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem e suporte de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Todos os atendimentos das UPAs e CRSs devem ser regulados para o complexo hospitalar. 

Um dos objetivos é expandir a oferta de serviços e resolver parte da demanda reprimida de exames de diagnóstico e cirurgia. O Complexo Hospitalar e Diagnóstico Municipal deve ter 15 mil metros quadrados, com 10 mil metros de área construída. Além disso, o local deve ter um heliponto para receber vítimas que precisem de atendimento imediato.

À época, Adriane afirmou também que já havia terreno para a construção do hospital, sem nunca divulgar onde seria o espaço. A previsão era que as obras seriam iniciadas ainda em 2023, com previsão de entrega de 12 meses.

O Labcen (Laboratório Central Municipal de Campo Grande) também deve ser levado para o Complexo Hospitalar e Diagnóstico Municipal. 

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