A convocação do vereador Dr. Lívio, do União, para substituir vaga de Claudinho Serra, vereador do PSDB que está de atestado médico depois de passar 23 dias na cadeia, amplia o domínio da bancada do PP na Câmara Municipal de Campo Grande.

Com a saída temporária de Claudinho, o PSDB perde uma cadeira, passando a ter composição de seis vereadores na Casa de Leis. Antes mesmo da saída de Claudinho, o PP já dominava maioria, com 8 cadeiras ocupadas.

Para os tucanos, a cadeira perdida por tempo indeterminado não deve influenciar nas proposições do PSDB na Câmara.

“Na minha opinião, não tem alteração, até porque o Claudio está afastado e o Lívio vai estar aqui até o Claudinho voltar. É uma convocação temporária, porque o presidente tem sido questionado pelo fato de só ter 28 vereadores. Então é uma questão de organização”, disse Professor Juari, do PSDB.

Outro tucano, Victor Rocha, disse que a saída temporária de Claudinho não deve representar baixa para o PSDB, visto que a convocação de Lívio aconteceu para cumprir o rito em relação à quantidade de vereadores que precisam compor o quadro da Casa de Leis.

“Essa é uma decisão da mesa diretora que nem cabe a nós. Então geralmente é igual, por exemplo, você está jogando futebol. Alguém foi substituído, você, se alguém não puder jogar, você chama o próximo, então seria o caso aqui, o suplente foi chamado para compor esse, manter esses 29 vereadores, por conta do afastamento, do vereador Claudinho. Então, na verdade, ele foi chamado para poder manter o cor dos 29 vereadores”, disse Victor Rocha.

Com a chegada de Dr. Lívio, o União Brasil, que tinha apenas Alírio Vilassanti como representante, terá duas cadeiras na Câmara Municipal.

Lívio vai deixar cargos no INSS e Sejusp para assumir mandato tampão

Em nota, Lívio afirmou que pedirá o afastamento de suas funções assim que a convocação, que já foi enviada para ele em ofício, for publicada em diário oficial.

O ex-vereador que vai voltar à Câmara reforçou que é o primeiro suplente de Claudinho mesmo com a mudança de partido, já que a migração para o União se deu na janela partidária, quando os políticos podem mudar de partido sem perder o cargo.

“Vou honrar os 2.772 votos que me foram confiados na última eleição pelo tempo que me for permitido nesse momento”, disse Lívio, que também deve se lançar como pré-candidato a vereador neste ano em Campo Grande.

Ainda não se sabe quanto tempo Claudinho ficará ausente da Câmara, isso porque atestado médico com validade de 30 dias por “abalo emocional”, apresentado em 30 de abril, pode ter dada prorrogada, caso Claudinho apresente novo pedido de afastamento.