O agora ex-deputado estadual, Rafael Tavares (PRTB), cassado nesta terça-feira (6) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fez um desabafo nas redes sociais após perder o mandato. No texto, Tavares fala que foi eleito por mais de 18 mil pessoas em Mato Grosso do Sul, enfrentou a máquina sem dinheiro público e sem ajuda de nenhum grupo da velha política.

Tavares diz ter feito oposição ao grupo político do e PT, denunciou irregularidades na Cassems com pedido de CPI e que também foi xingado por “professores” do PT. Cita apresentação de mais de 40 projetos e conta que nunca deu um centavo para a imprensa esquerdista. Argumenta ter fiscalizado indícios de corrupção e desvios de dinheiro na máquina pública, alega relativa do PT e diz que não desistirá da política. Leia abaixo:

Cassação

A situação gerou pedido de cassação da chapa, do diploma e mandato de Tavares. Em fevereiro de 2023, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) decidiu pela cassação do deputado estadual Rafael Tavares (PRTB). O Pleno foi contra a manifestação da Procuradoria Regional Eleitoral do MPF.

Recursos

O pedido de cassação foi parar em instância superior após Tavares perder recursos no TRE-MS. O Tribunal rejeitou, por unanimidade, os embargos de declaração apresentados pelo deputado estadual Rafael Tavares (PRTB). A decisão contrária aos embargos ocorreu em sessão realizada em 18 de abril de 2023.

A defesa do parlamentar pediu a extinção da ação de investigação. Conforme a defesa, a fraude à cota de gênero só se configuraria se o partido se negasse a observar os percentuais da legislação.
Para o relator do recurso, o vice-presidente da corte, desembargador Paschoal Carmello Leandro, os argumentos da defesa buscam “impugnar os fundamentos abraçados pelo juízo, ao invés de demonstrar eventual falha no provimento”.

Entenda cálculo da Justiça Eleitoral que dá vaga de Rafael Tavares a Paulo Duarte
A decisão do TRE-MS que anulou os votos do PRTB para deputado estadual em 2022 e cassa por consequência o mandato de Rafael Tavares vai obrigar uma recontagem dos votos das eleições gerais. O Jornal Midiamax antecipou os cálculos e a medida dará a cadeira para Paulo Duarte (PSB).

Desconsiderando os 62.577 votos dados a Tavares, outros candidatos e diretamente à legenda, o quociente eleitoral em Mato Grosso do Sul cai para 55.916 votos. A partir desse número, chega ao número de vagas que cada partido ou federação terá.

Para se chegar à média, devem ser considerados os votos dos partidos e federações que conquistaram, no mínimo, 80% do quociente eleitoral. Nesse caso, são 44.732 votos em Mato Grosso do Sul.

Mesmo os partidos e federações que garantiram vagas no quociente partidário podem disputar mais cadeiras. Além disso, esse cálculo beneficiou o e o PSB de Paulo Duarte. Essas duas legendas foram as únicas que passaram os 80% do quociente eleitoral.

A quinta sobra deu a vaga para o PSB, cujo mais votado na legenda foi Paulo Duarte. Suplente na última legislatura, ele ficou longe do Palácio Guaicurus, mas retorna agora.