Audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande para discutir a proteção e preservação do patrimônio cultural do povo negro em Campo Grande terminou com 16 resoluções a serem encaminhadas a órgãos públicos da Capital.

Segundo a vereadora Luiza Ribeiro (PT), será solicitado “o tombamento do patrimônio do quilombo de Tia Eva e da praça do Preto Velho, além de buscar a efetividade perante a Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande da lei que garante a prática da capoeira nas escolas, inclusive a capoeira liderada pela roda de capoeira pelo mestre e a pessoa formada na roda de capoeira sendo desnecessário que seja feito por professor inscrito como professor de educação física”, destacou a parlamentar.

Entre as decisões, está o fortalecimento da festa de São Benedito, a construção de um protocolo sobre a denúncia de crimes de racismo, campanhas de combate ao racismo e a valorização da história do povo negro, bem como o fortalecimento da culinária do acarajé e do ofício das baianas.

Para  Luiza, responsável pela audiência, é preciso uma medida legislativa que “garanta as baianas do acarajé o privilégio, de estarem nas festividades oficiais da cidade de Campo Grande com seus tabuleiros, agora já não são mais tabuleiros, são trailers, para serem, para promoverem a cultura do acarajé e do ofício das baianas do acarajé”, elencou.

Entre as decisões, está também a busca por financiamento, seja nos orçamentos do governo municipal, estadual e federal, para implementação de políticas de preservação do patrimônio cultural do povo negro em Campo Grande.

A audiência foi promovida por Luiza Ribeiro, Superintendência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Mato Grosso do Sul e Subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado de Mato Grosso do Sul.

O debate abordou os seguintes eixos: Proteção da Comunidade Quilombola Tia Eva (Tombamento); Reconhecimento da Capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial (Registro); Preservação da Praça do Preto Velho (Tombamento); Representatividade da Mulher Negra e a identificação do turbante e das tranças como Patrimônio Cultural Imaterial (Registro).