Belas Artes, Ernesto Geisel e escolas: prioridade é terminar obras paralisadas em Campo Grande, diz Adriane
Prefeita também destacou projetos a serem discutidos, como obras de viaduto na rotatória da Coca-Cola, na saída para São Paulo
Guilherme Cavalcante, Liana Feitosa –
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A Prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), afirmou que deverá priorizar a retomada de obras paralisadas antes de avançar para novos projetos na Capital em 2025. Primeira prefeita eleita de Campo Grande, ela assume novo mandato no próximo dia 1º e comandará o Executivo Municipal até 2028.
Na entrevista concedida ao Jornal Midiamax na última sexta-feira (20), a gestora destacou novas intervenções viárias que devem ocorrer nos próximos quatro anos e também abordou um dos temas mais polêmicos da campanha: a continuidade ou não de obras de corredores de ônibus.
Adriane Lopes reforçou que retomada de intervenções paralisadas é um compromisso de campanha. Ela destaca a continuidade das obras do prédio do Belas Artes, na região do Cabreúva, assim como obras de contenção de enchentes na Avenida Ernesto Geisel, corredor de ônibus da Avenida Günter Hans, e de diversas escolas municipais.
“Para iniciar novos projetos, eu quero terminar as obras inacabadas. Quando assumi, tinha 13 escolas com obras paralisadas, iremos retomá-las. Queremos entrar 2025 já com a retomada do Belas Artes, é uma obra inacabada que tem 33 anos. A Avenida Günter Hans, que é aquele corredor, onde a obra também está paralisada e nós já licitamos. E a Ernesto Geisel, aquela obra de contenção de enchentes, que está acontecendo a todo vapor. Nós queremos encerrar essa história de obras inacabadas para que a gente possa trazer novos investimentos pra cidade, impactando e mudando a vida dos campo-grandenses”, declarou.
Saúde e obras de infraestrutura
À reportagem, Adriane Lopes destacou 150km de recapeamentos na cidade e a criação do Consórcio Central, que possibilita, por exemplo, baratear o custo da matéria-prima do asfalto. Ela também pontuou que saúde deve integrar a lista de prioridades e adiantou que um viaduto na rotatória da Interlagos deve sair do papel.
“Meu maior desafio é investir na saúde em Campo Grande e na infraestrutura nesses próximos 4 anos. O meu maior desafio é colocar um ponto final em todas as obras inacabadas da cidade. Novos desafios, que estão no nosso plano de governo, como o Viaduto da Coca-Cola. Nós vamos ter que interligar num projeto novo, inovador, trazendo aí na área de mobilidade urbana, desafogando o trânsito da cidade, buscando otimizar o tempo para ir e vir ao serviço ou escola”, pontuou.
Corredores de ônibus
Tema polêmico durante a campanha eleitoral deste ano, corredores de Ônibus dividiram opiniões. Se por um lado melhoraram significativamente o tempo de deslocamento dos usuários do transporte coletivo, comerciantes, moradores e motoristas sentiram o impacto das construções, que colecionam até acidentes por erros nas conversões.
Nesse contexto, a prefeita confirmou que dará continuidade às obras já iniciadas, mas que ouvirá a população em relação a novos projetos, como na Avenida Calógeras – comerciantes da região já tiveram reunião no mês de novembro, na qual o projeto foi apresentado.
“Quando esses projetos foram implementados na capital, eles não tiveram uma escuta apurada da população e talvez seja o motivo da desinformação e dos transtornos. Onde a obra já foi iniciada, a prefeita tem que terminá-la, porque senão respondo por improbidade administrativa. Não há o que se fazer onde já foi iniciada. Mas, onde a obra não foi, estamos com uma escuta, ouvindo os segmentos. Nem que a gente tenha que devolver recurso, mas se o entendimento dos comerciantes e moradores do entorno for de que aquele projeto não deva ser iniciado, nós vamos respeitar a vontade da população. Mas, onde a obra foi iniciada, nós vamos ter que terminá-la”, pontuou.
Mais tempo de gestão
A prefeita reeleita também discorreu sobre as expectativas para seu novo mandato – desta vez de quatro anos, com início no próximo dia 1º. Durante a campanha, Adriane bateu fortemente na tecla de que teve pouco tempo para resolver problemas de gestões antigas. Ela assumiu a cadeira após o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSDB) renunciar o posto para concorrer ao Governo de Mato Grosso do Sul, em abril de 2020.
“Estamos entusiasmados, tanto eu quanto a nossa equipe, com a o planejamento e a execução que nós estamos preparando pra cidade para o ano de 2025. Tenho um grande compromisso e responsabilidade em trabalhar e deixar para um legado de trabalho para Campo Grande. Foi o que nós fizemos nestes 2 anos e 8 meses, fechando agora esse mandato que eu assumi do meio pro fim, colocando, aí, um ponto final nessa nesse período, mas iniciando um novo ciclo de muito trabalho, planejamento e execução para Campo Grande”, finalizou.
Leia ou assista à entrevista na íntegra
Jornal Midiamax – Um novo ciclo com reformas, com mudanças. Tivemos aí, recentemente, a aprovação da reforma administrativa. Gostaria que a senhora falasse um pouco sobre isso. De que forma essa reforma altera o quadro de secretarias? Como está essa definição? Já temos nomes?
Adriane Lopes – Foi feito um planejamento. Nesses 2 anos e 8 meses, estudei detalhadamente cada área da gestão e as pessoas diziam assim “ai, ela tá ali, mas não tá dando aquilo que precisava”. Dois anos e 8 meses, você senta numa cadeira no Mandato do meio pro fim, você tem que analisar e entender o curso de cada política pública para que ela tenha efetividade. E nós conseguimos tirar Campo Grande de um patamar os indicadores de Campo Grande de serviços públicos era abaixo da Média Nacional avaliado pelo Governo Federal. Todos os anos, as cidades do Brasil são avaliadas e Campo Grande estava abaixo da média há mais de 10 anos na oferta de serviços que chegue até a população da cidade. O que eu fiz nesses 2 anos e 8 meses? Comecei a mudar esses indicadores na oferta de serviço, melhorando a qualidade, como foi feito com a pavimentação de vias, ouvindo a população. Hoje tem projetos na cidade que já foram iniciados no passado, mas que não tiveram a discussão com a sociedade, com os segmentos, para entender se era aquilo que a população da cidade queria. A minha gestão diferenciada. Nós iniciamos esse trabalho de escuta e começamos a elevar o nível da oferta do serviço da Prefeitura. Tiramos Campo Grande de 37 pontos percentuais para 85 e foi a única cidade no Brasil reconhecida em num curto espaço de tempo tendo um resultado muito positivo. E é assim que nós queremos fazer gestão. É ouvindo a população, estando nos bairros, como a gente propôs o Todos em Ação, um projeto que eu iniciei tirando os secretários das secretarias e levando-os aos bairros para estar nessa escuta e nas entregas que a população da nossa cidade requer da gestora e de todo o corpo técnico.
Jornal Midiamax – Quando a população vai conhecer a composição desse corpo técnico?
Adriane Lopes – Estou encerrando este mandato já com uma reforma administrativa agora. Poderia propor pro início de 2025, mas já iniciamos né essa reforma administrativa diminuindo 30% da estrutura e trabalhando aí com a redução de gastos com pessoal, custeio… Por exemplo: imóveis locados da Prefeitura. Nós vamos entregar vários imóveis, diminuindo aí os essa despesa já para reinvestir na cidade, em benfeitorias e melhoria. E o meu maior desafio é investir na saúde em Campo Grande e na infraestrutura nesses próximos 4 anos. O meu maior desafio é colocar um ponto final em todas as obras inacabadas da cidade. Belas Artes, Ernesto Geisel… Novos desafios, que estão no nosso plano de governo, como o Viaduto da Coca-Cola [rotatória da Avenida Gury Marques com Avenida Interlagos, na região da saída para São Paulo]. Nós vamos ter que interligar num projeto novo, inovador, trazendo aí na área de mobilidade urbana, desafogando o trânsito da cidade, buscando otimizar o tempo para ir e vir ao serviço ou escola. Nós temos aí a Avenida Guaicurus com a Avenida Günter Hans, que é um projeto interligando a cidade naquela região que precisa desenvolver. E quando você trabalha mobilidade, você desenvolve a cidade. Como a gente fez ali na Wilson Paes de Barros, próximo a aeroporto, interligando mais de oito bairros. E já trabalhando essa mobilidade agora.
Colocamos o mapa de Campo Grande sobre a mesa com engenheiros, técnicos responsáveis, e a gente foi entender porque algumas regiões da cidade cresciam mais que outras. E aí, nesse Panorama de Campo Grande, nós entendemos quais regiões precisava de mais investimento em infraestrutura para que a cidade crescesse aí, mas crescesse no crescimento englobando todas as sete regiões de Campo Grande. E isso aconteceu num curto espaço de tempo. A população de Campo Grande entendeu esse resultado. O que nos garantiu o sucesso nessa eleição foi sair do discurso. As pessoas estão cansadas de discursos bonitos, de promessas. Nós partimos pra execução e num curto espaço de tempo conseguimos fazer entregas significativas, que mudam a vida das pessoas na cidade. Nós temos aqui a Avenida Ernesto Geisel. São 30 anos de uma avenida onde passam por dia mais de 98 mil pessoas, diariamente. Alto fluxo que recebeu tapa buracos durante toda a sua história de 30 anos. Chegou a prefeita Adriane e começou a recapear – não só a Ernesto Geisel. Nós fizemos 150 km de recapeamento em toda a cidade. E agora, com o Consórcio Central. que muitos não acreditavam, né. Diziam que eu não teria pulso para fazer. Mas eu fui lá e fiz. Instituímos um consórcio onde nós estamos barateando o custo da matéria-prima para fazer recapeamento por toda a cidade e e asfalto novo na nossa Campo Grande.
Jornal Midiamax – Como que a senhora enxerga as finanças de Campo Grande no encerrar de 2024 e como que deve ser feita a gestão desses recursos, das questões financeiras da cidade, a partir do ano que vem?
Adriane Lopes – É do conhecimento de todos que eu assumi uma gestão financeiramente comprometida. É do conhecimento da cidade a população de Campo Grande sabe que não foi fácil gerir um mandato do meio pro fim e ainda com os cofres como eu herdei, com dificuldades extremas. Mas, ao longo desses 2 anos e 8 meses, nós trabalhamos com responsabilidade. Muitos diziam que eu não pagaria o salário de novembro em dezembro. Muitos diziam que eu não pagaria o 13º. Mas isso era a visão de pessoas que, no passado, tiveram oportunidade de fazer e não fizeram. Eu
fui e fiz, e mostrei para Campo Grande que, por ser mulher e ter que provar todos os dias que a gente tem competência… Porque esse é um desafio, ser a primeira mulher a sentar nessa cadeira. Nós estamos mostrando o resultado: pagamento do salário em dia, pagamento do 13º, porque essa premissa foi desde o primeiro dia que eu sentei na cadeira, sempre pagando em dia os salários, 13º, para que a gente possa fazer a economia de Campo Grande acontecer aí neste finalzinho de ano. E pro ano que vem vamos entrar já com essa reforma administrativa, diminuindo gastos e reinvestindo na cidade naquilo que é prioridade para os campo-grandense.
Jornal Midiamax – Para tudo isso desenrolar é preciso também ter apoio na Câmara. Temos uma reforma administrativa, mas temos também mudanças na Câmara. Como a senhora avalia essa base aliada? Como pretende trabalhar com os vereadores de Campo Grande para conquistar essas mudanças que a senhora pretende implantar na cidade?
Adriane Lopes – A reforma administrativa é necessária para a cidade avançar e a Câmara Municipal de Campo Grande foi uma grande parceira, na pessoa do presidente Carlão [Carlos Augusto Borges, PSB]. Eles aprovaram. Nós encaminhamos pra Câmara Municipal, foi votado, aprovado por unanimidade, porque os vereadores trabalham também pelo bem da cidade. E aqui eu quero agradecê-los por essa parceria nesse tempo. Eu acredito que nós vamos iniciar 2025 com trabalho em conjunto. Sabemos que os poderes são independentes, mas que o objetivo dos vereadores é o mesmo da gestora da cidade. É trazer benefícios para Campo Grande e para quem mora em Campo Grande.
Jornal Midiamax – Durante a campanha teve um assunto que foi bastante recorrente entre os candidatos, que foi a questão dos corredores de ônibus. É um assunto que também está na boca da população, muitos comerciantes se sentindo muito entristecidos com a dinâmica com que esses corredores foram implantados. A senhora pretende dar continuidade? Vai ouvir os comerciantes para saber qual a melhor estratégia? Como a senhora pretende gerenciar essa questão dos corredores de ônibus?
Adriane Lopes – Dos projetos que a gente comentou antecipadamente, que eu herdei quando assumi a gestão… “Ah você era vice”. Eu era vice, mas vice não tem poder de mando e nem de decisão. Então esses projetos, quando foram implementados na capital, eles não tiveram uma escuta apurada da população e talvez seja o motivo da desinformação e dos transtornos. Onde a obra já foi iniciada, a prefeita tem que terminá-la, porque senão respondo por improbidade a administrativa e não há o que se fazer onde já foi iniciada. Mas, onde a obra não foi iniciada, nós estamos aí com uma escuta, ouvindo os segmentos. Nem que a gente tenha que devolver recurso, mas se o entendimento dos comerciantes e moradores do entorno for de que aquele projeto não deva ser iniciado, nós vamos respeitar a vontade da população. Mas onde a obra foi iniciada, nós vamos ter que terminá-la.
Jornal Midiamax – Para encerrar, quais são os projetos prioritários para a gestão de 2025? Quais obras, daquelas substanciais e estruturais, que a senhora pretende colocar já em andamento nos primeiros dias do ano de 2025?
Adriane Lopes – Como na campanha nós reafirmamos o nosso compromisso em terminar todas as obras inacabadas, para iniciar novos projetos eu quero terminar as obras inacabadas. As obras das escolas… Quando assumi, tinha 13 escolas com obras paralisadas. O Belas Artes, que é um prédio que tem 33 anos, com uma obra parada. Nós vamos retomar essa obra. A Avenida Günter Hans, que é aquele corredor, onde a obra também está paralisada, nós já licitamos. O período da eleição não podia ter nenhum lançamento de obra e nem licitação, mas agora nós já iniciamos e a licitação já foi concluída. Queremos entrar 2025 já com a retomada do Belas Artes, terminando, ali. Essas obras das escolas, que são em vários bairros de Campo Grande. E a Ernesto Geisel, aquela obra de contenção de enchentes, que está acontecendo a todo vapor. Nós queremos encerrar essa história de obras inacabadas para que a gente possa trazer novos investimentos pra cidade, impactando e mudando a vida dos campo-grandenses.
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