O projeto que prevê pagamento de até R$ 1,8 mil como auxílio-médico apenas para delegados da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul será analisado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (22).

Ofício apresentado por sindicato dos peritos forenses tenta barrar o auxílio proposto em projeto enviado pelo Governo do Estado para análise dos deputados. Os peritos afirmam que a iniciativa é inconstitucional.

Presidente da CCJ e relatora do projeto, Mara Caseiro (PSDB) adiantou ao Jornal Midiamax nesta terça (21) que a inconstitucionalidade alegada pela sindicato dos peritos não procede.

“Não tem inconstitucionalidade nenhuma, porque é uma iniciativa do governo. Não há porque dizer que é inconstitucional”, disse.

A deputada ressaltou que o sindicato dos peritos deve fazer a reivindicação deles em uma pauta própria, e não, no entendimento da parlamentar, travar a iniciativa do Governo em dar aumento de 5% no salário dos delegados.

Adepol-MS chama manobra de peritos de ‘sorrateira’

A Adepol-MS (Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul) protocolou novo documento na Assembleia Legislativa lamentando a tentativa do sindicato em barrar a tramitação do projeto e apresentando outro parecer jurídico que fundamentaria a proposta da assistência de R$ 1,8 mil.

No ofício assinado pelo presidente da Adepol-MS e delegado de polícia civil, André Matsushita Gonçalves, afirma que manobra da categoria, mas “não todos”, como escreve em documento, foi uma ‘ação desleal e covarde’ e que projeto é legítimo, com ‘estudos técnicos-científicos de viabilidade financeira e orçamentária’ do Governo do Estado.

“Um sindicato de classe da Polícia Civil atacar formalmente e oficialmente demandas já em andamento e de interesse de carreira alheia mostra o quanto irresponsável e sorrateiro é esse sindicato, e serve de alerta geral para todos, já que aquele que faz isso contra uma carreira certamente fará contra qualquer outra carreira, classe ou Poder, pois denota a mais absoluta ausência de empatia, lealdade, respeito e caráter institucionais”, pontua em ofício.