Audiência pública para debater ‘podridão’ no Nova Campo Grande é realizada nesta quarta-feira

Vereadores debatem o “cheiro de podridão” que assola os moradores da região há anos

Anna Gomes – 02/04/2024 – 08:28

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(Arquivo Midiamax)

A audiência pública para debater o mau cheiro da região do bairro Nova Campo Grande acontece às 9h da manhã, desta quarta-feira (3), na Câmara da Capital. O “cheiro de podridão” assola a região há anos. Moradores dos bairros Jardim Aeroporto, Vila Romana e Vila Popular pedem providências sobre a origem do mau cheiro.

A moradora Fábia Brites, que reside no bairro Nova Campo Grande há mais de duas décadas, comentou sobre como é conviver com o odor. “Nós convivemos com a podridão do bairro há mais de duas décadas. São 24 anos vivendo com um mau cheiro. Houve uma época mais crítica. No primeiro ano, a situação era terrível. Foi passando o tempo e esse cheiro foi espaçando, mas ele nunca terminou”.

A fiscalização realizada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), em fevereiro passado, atesta o relato de moradores da região do bairro Nova Campo Grande sobre a emissão de mau cheiro vindo do frigorífico da JBS/SA, na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande.

O Parecer Técnico Nº 052/2024, elaborado a partir de vistorias em 17 e 19 de fevereiro deste ano para investigar o fedor, evidencia que a fedentina não dava trégua nem durante a madrugada – como já foi noticiado pelo Midiamax a partir de relatos da população. As fiscalizações também resultaram em uma multa de R$ 100 mil para a planta frigorífica devido ao lançamento irregular de resíduos.

O mau cheiro virou alvo de protestos, agendamento de audiência pública na Câmara de Vereadores e de 70 processos de moradores que pedem indenizações por danos morais coletivos ambientais e pela desvalorização dos imóveis.

Outro relatório do Imasul, feito a partir de vistoria em outubro de 2023, “livrava” o frigorífico pela culpa do mau cheiro ao dizer que odores eram “intrínsecos da atividade”. Contudo, fiscalização deste ano atestou que a planta, de fato, emitia uma fedentina perceptível na região.

A audiência foi convocada pela Comissão Permanente de Meio Ambiente da Casa, composta pelos vereadores Zé da farmácia (presidente), Silvio Pitu (vice), Dr. Jamal, Betinho e Prof. André Luís.

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