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Política

Em meio a escândalo de corrupção, Vanda Camilo se nega a falar com reportagem na Prefeitura de Sidrolândia

Após deixar a equipe esperando por cerca de 20 minutos, a líder do executivo municipal se negou a receber a reportagem
Evelin Cáceres, Anna Gomes -
Entrada do gabinete na prefeitura de Sidrolândia (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Prefeita de , município distante 70 quilômetros de , Vanda Camilo (PP) se negou a atender a reportagem do Jornal Midiamax na sede da administração municipal nesta terça-feira (9).

Após deixar a equipe esperando por cerca de 20 minutos, a líder do executivo municipal se negou a receber a reportagem e avisou que só atenderia com agendamento de horário.

O Midiamax tentou reiteradamente, em contatos gravados via telefone e assessoria de comunicação, ouvir o lado da prefeita desde que a terceira fase da Operação Tromper foi deflagrada na semana passada, mas sem sucesso. O espaço segue aberto para manifestação do posicionamento da prefeita.

Nesta terça, acontece a primeira sessão após a prisão do ex-secretário de Fazenda da cidade, que é genro da prefeita e atual vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB).

Os vereadores não descartam a abertura de uma comissão processante após novo episódio de escândalo na administração municipal, agora envolvendo a família da prefeita do Progressistas.

Assim, a terceira fase da Operação Tromper deflagrada na semana passada cumpriu 28 mandados de busca e apreensão, além de 8 mandados de prisão.

Vanda escapou de Comissão

Em outubro do ano passado, também em decorrência da Operação Tromper, o relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a prefeita de SidrolândiaVanda Camilo (PP), pedia abertura de Comissão Processante por irregularidades e indícios de improbidade administrativa.

O relatório apontava indícios de ilegalidades em três contratos. Havia suspeita de dano ao erário, direcionamento e obras contratadas que não foram executadas.

Apesar do relatório, Vanda escapou de investigação por ter, à época, maioria dos vereadores na sua base de apoio na Câmara.

Vereador preso

Vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB) foi preso na última quarta-feira (3) após mandado de prisão autorizado pela Justiça por suspeitas de esquema de corrupção, durante a terceira fase da Operação Tromper. Não foi encontrada arma durante busca e apreensão na casa do vereador, em um condomínio da Capital.

O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e genro da prefeita Vanda Camilo. Ele foi um dos oito alvos de prisão da operação, comandada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Militar, que apura corrupção na prefeitura de Sidrolândia.

Foram cumpridos também 28 mandados de busca e apreensão por suspeita de corrupção em contratos de asfalto, segundo divulgou o MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).

A investigação, tocada pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Sidrolândia, ratificou a efetiva existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.

Também foi identificada nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 15 milhões.

A operação contou com o apoio operacional do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, além da assessoria militar do MPMS.

Operação Tromper

Nas duas primeiras fases da Operação Tromper, os agentes investigaram corrupção na prefeitura de Sidrolândia, cidade distante 70 quilômetros de Campo Grande. Durante as investigações, foi descoberto, segundo o Gecoc, conluio entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, que somados chegam a valores milionários.

Ainda segundo as apurações, também foi investigada a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.

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