Uma semana após assassinato, projeto quer proibir entrada de arma de fogo no Procon

Após o caso que terminou em execução em Campo Grande, a entrada com arma de fogo em agências estaduais e municipais do Procon pode ser proibida por Lei. É o que busca o Projeto de Lei 018/2023, protocolado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).
Conforme o texto, pessoas serão proibidas de adentrar em estabelecimentos do Procon Estadual e unidades do Procon Municipal, nas seguintes situações:
- Portando arma de fogo ou munição de qualquer calibre, tipo ou espécie;
- Portando qualquer tipo de instrumento qualificado como arma branca.
A proibição se aplica a pessoas do público externo e servidores, os únicos excluídos são pessoas que trabalhem na segurança do local.
De acordo com a proposta, fica a cargo do Estado e Município medidas para o controle, como detector de metal.
Por fim, o Projeto de Lei é de autoria do deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD). Para ler o projeto clique aqui.
Morte no Procon em Campo Grande
O policial militar reformado, José Roberto Souza, assassinou empresário Antônio Caetano, de 67 anos, em uma agência do Procon na segunda-feira da semana passada.
Os dois iriam participar de uma audiência por conta de uma dívida de R$ 630, gerada após o serviço de troca de óleo que havia ficado pendente.
Assim, no momento da cobrança, o policial se levantou da cadeira e perguntou “Como você quer que eu pague?”, e deu os tiros no empresário, que morreu no local.
Era a segunda audiência de conciliação. Na primeira audiência, os ânimos se acirraram, assim como na segunda, mas tudo parecia controlado até o crime ser cometido.
Uma funcionária, de 45 anos, relatou o momento de desespero. Segundo ela, na hora, havia muitos clientes e servidores no local.
“Foi tudo muito rápido. Escutei uns três ou quatro disparos. Começamos a entrar debaixo das mesas. Foi desesperador. O nosso medo era de ele sair atirando em todo mundo”, relatou.
Conforme ela, apesar da sala ser aos fundos de onde ocorreu o crime, não viu a hora que o atirador saiu e passou por ela.