O deputado estadual Junior Mochi (MDB) apresentou projeto de decreto legislativo que declara o tereré, tradicional bebida em Mato Grosso do Sul, um patrimônio imaterial e cultural. Em 2020, a bebida recebeu a mesma declaração pela Unesco.

Em sua justificativa para apresentar o projeto, Mochi pontua que o objetivo é garantir a preservação, valorização e promoção da bebida como patrimônio do Estado.

“Reconhecer o Tereré como Patrimônio Imaterial e Cultural, de Mato Grosso do Sul, consiste na valorização deste bem, cujo consumo envolve aspectos sociais, culturais e históricos, fortalecendo a identidade coletiva do povo sul-mato-grossense. Essa bebida gelada, compartilhada em roda de conversa, é mais do que uma simples tradição, é um símbolo de união, amizade e acolhimento”, declara o deputado. A proposta pode ser lida aqui.

Tereré é declarado patrimônio imaterial e cultural

O tereré, bebida típica do Paraguai e incorporado a cultura sul-mato-grossense, foi declarado patrimônio imaterial da humanidade em 2020 pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

A candidatura das “Práticas e Saberes Tradicionais Tereré na cultura Pohã Ñana” foi feita em março de 2019 pelo Paraguai e aceito durante videoconferência de votação dos membros do Comitê de Patrimônio da Unesco. É a primeira vez que o país consegue incluir um item na lista de patrimônios imateriais.

Em Campo Grande, apesar de vendida na maioria dos supermercados da cidade, a erva para preparo da bebida tem como “casa” o Mercadão Municipal, com suas tradicionais bancas de erva de tereré.

O cuscuz também foi incluído na lista, pela aprovação de pedido feito por Argélia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia, na ocasião. O prato, feito à base de farinha ou polvilho, é bastante consumido no nordeste do país. No mesmo dia, o chamamé, que tem origem argentina e se popularizou no sul do Brasil, também foi eleito patrimônio imaterial da humanidade.