Secretário diz que 21 dos 22 medicamentos em falta nos postos serão repostos em Campo Grande

Em meio a espera, campo-grandenses se desdobram para comprar remédios em falta

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Audiência Câmara
Audiência Câmara (Foto: Kísie Ainoã/Midiamax)

Em audiência realizada nesta segunda-feira (29), na Câmara Municipal, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) apresentou relatório de prestação de contas do 1º quadrimestre de 2023. Na ocasião, o secretário municipal de saúde, Sandro Benites, afirmou que existem 22 medicamentos em falta na rede pública de saúde de Campo Grande.

De acordo com o secretário, apesar do déficit de medicamentos, o cenário é positivo se comparado ao ano anterior, quando, segundo ele, havia 180 medicamentos em falta na rede pública de saúde.

Sandro Benites também esclareceu que, dos 22 medicamentos em falta, 21 já estão encaminhados e devem ser repostos em breve. Apenas a amoxicilina está sem previsão de reposição, pois, segundo ele, está em falta em todo país.

Repasses menores em discussão

Na audiência, a comissão permanente de saúde da Câmara questionou a diminuição dos repasses em 6% da União a Campo Grande, por sua vez, Benites afirmou que tem articulado o aumento de repasses junto à bancada federal e ao deputado Vander Loubet (PT).

“Hoje Campo Grande está economizando, para que a gente possa fechar nossa folha, toda ajuda é necessária, para garantir esses recursos”, destacou.

Dados apresentados na audiência apontam que a rede de saúde pública de Campo Grande conta com 10 unidades 24h, seis UPAS e quatro CRS, 72 unidades de saúde, 14 ambulâncias e duas motolâncias. Os atendimentos da rede de saúde ampliaram 7,6% comparado a 2022. Campo Grande está em 7° lugar no ranking Previne Brasil.

População reclama da falta de medicamentos

Em meio a falta de medicamentos, cada hora é crucial para quem precisa do uso contínuo de remédio para se manter vivo. Uma leitora que preferiu não se identificar relata que há mais de uma mês, a mãe, Maria Barbosa de 58 anos, aguarda pela chegada do medicamento Diosmin/Hesperidina no CEM (Centro Especializado Municipal)

Maria Barbosa sofre de insuficiência venosa grave e precisa tomar a medicação duas vezes ao dia, contudo cada caixa custa em torno de R$ 80,00 com 60 comprimidos, o que dura cerca de de 30 dias e se torna inviável para o bolso da família.

“Essa situação não é só da minha mãe, muitos e muitos idosos tomam essa medicação e sempre que vou no CEM vejo eles passando pela mesma situação, a grande maioria também não deve ter como comprar”, relatou.

Em nota a Sesau confirmou que o medicamento Diosmin está em falta mas esclareceu que está em processo de compra e deve ser regularizado em breve.

“No momento indisponível na nossa rede. Hoje estamos com mais de 80% do estoque de medicamentos disponível. Todos os processos que estão em andamento estão sendo revistos para que haja maior celeridade na entrega. Existem ainda algumas faltas pontuais por conta da indisponibilidade do produto no mercado ou matéria prima”, destaca nota da Sesau.

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