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Política

‘Repugnei o que Hitler fez’, diz Catan ao admitir comparação polêmica na Assembleia de MS

Deputado usou livro de ditador alemão e justificou que uso foi para comparar relação entre poderes
Adriel Mattos, Mariane Chianezi -
catan Hitler
Deputado João Henrique Catan. (Luciana Nassar;Alems)

O deputado estadual João Henrique Catan (PL) disse nesta quarta-feira (8) que não exaltou o livro do ditador alemão Adolf Hitler, “Minha Luta”, durante discurso na sessão de terça-feira (7) na (Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul). A fala causou polêmica e teve repercussão nacional.

Ao Jornal Midiamax, ele disse que se produziu “fake news” em cima do seu discurso. Catan garante ter utilizado a obra como referência a uma suposta falta de independência do Legislativo em relação ao Executivo.

“Minha fala é antagônica. Eu mostrei que o Parlamento alemão após a vitória dos Aliados na Segunda Guerra [Mundial] assumiu o protagonismo do país. Mostrar o livro, uma forma de chamar atenção e eu expliquei sobre o Governo do Estado, e esse é o ponto mais importante da minha fala, essa é a comparação, eu disse que essa construção maciça da base de apoio do Governo aqui, que inclusive o PT, nunca caminhou com o , isso está ateando fogo nas funções deste parlamento”, explicou.

O político teve um requerimento de sua autoria rejeitado pela Casa em que solicitava dados sobre nomeações de servidores comissionados. Ele ainda destacou que, apesar da cobertura crítica da imprensa nacional, houve publicações em que teve a chance de dar sua versão.

“O que choca, em nome da velocidade, apesar de ser polêmico, é a mentira. Qualquer pessoa que assistiu o meu discurso, viu que eu repugnei o que Hitler fez, que eu expliquei como ele desconstruiu o parlamento e a Alemanha. E como o parlamento depois dele conseguiu modificar o regime e transformar em algo que PSDB defende que é o parlamentarismo como forma de governo, que é o que acontece na Alemanha. Isso que eu chamo atenção”, pontua.

Por fim, Catan disse que vai pedir direito de resposta aos veículos que repercutiram seu discurso. Sobre o livro, o deputado disse ter lido durante estudos.

“Eu li. Esse livro está em inglês, lá estudei coisas que acredito e gosto e coisas que não gosto. Acho importante que as pessoas leiam autobiografias de um ditador como Hittler para não apoiar e aceitar que o PT apoie Daniel Ortega na Nicarágua”, finalizou.

Entenda a polêmica envolvendo o deputado João Henrique Catan

Na sessão de terça-feira (7), Catan levou à tribuna da Alems o livro em que Hitler expressa suas ideias antissemitas e racistas, que foram adotadas por seu partido e no governo da Alemanha entre 1933 e 1945. O deputado disse, com o livro em mãos: “com a apresentação de ‘Mein Kampf’ de Hitler que peço para que este parlamento se fortaleça, se reconstrua, se reorganize”. 

A se deve ao fato do livro escrito pelo ditador alemão ter sua venda restrita. Empresas como Amazon, Submarino, Shoptime e Carrefour retiraram o livro de suas lojas virtuais em 2022. Na Alemanha, a obra só voltou a estar disponível em 2016, quando entrou em domínio público.

Além disso, a Lei Federal 7.716/1989 prevê que é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.

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