que atuam na área da educação especial lotaram o plenário da Câmara nesta segunda-feira (20) durante a 7ª sessão ordinária. Eles protestaram contra de Lei Complementar nº 02/2023, que propõe mudanças na educação especial de .

Segundo informações do presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), Thiago Coelho Silva, na medida apresentada pelo Executivo, há uma alteração na nomenclatura, que passa a classificar o professor da educação especial como mediador.

Isso, segundo o dirigente sindical, é prejudicial não só à categoria como também a toda a sociedade, uma vez que irá interferir nos serviços oferecidos. “É um projeto que altera tanto a nomenclatura, quanto algumas atribuições e funções do professor da educação especial de Dourados”, explica.

Segundo o presidente do Simted, os professores, juntamente com a comunidade, pedem o apoio do parlamento municipal para evitar que essa proposta seja aprovada, uma vez que a Secretaria de Educação não está discutindo o assunto com a comunidade.

“Na verdade, o que o município quer com esse projeto é retirar o direito à hora atividade e o planejamento, colocando o professor da educação especial no município apenas como um mediador. É por isso que eles estão fugindo a todos os debates”, justifica Thiago.

“Estamos aqui para ver se gente consegue sensibilizar os vereadores porque infelizmente aqui em Dourados não temos um diálogo sobre educação inclusiva. E se esse projeto passar, vai colocar o professor com um mediador. Meus filhos não precisam de um mediador. Eles precisam de um professor especializado e que seja valorizado”, relata Jéssica Cariága, que é mãe de duas crianças autistas.

O Simted recorreu também à Comissão de Educação da Câmara Municipal para que intervisse em favor dos profissionais da educação especial que buscam participar das discussões e o atendimento às suas demandas.

Entretanto, o compromisso assumido em reunião com a comissão não foi cumprido e, mais uma vez, foi incluído em pauta de sessão da Câmara um referente à educação sem qualquer discussão com a categoria.

Com apoio do vereador Elias Ishy (PT), que pediu vistas do projeto, os vereadores aprovaram a solicitação e o PL foi retirado de pauta durante a sessão desta segunda-feira (20), conforme apurou a reportagem do Midiamax.

Outro lado

No entendimento do líder do Governo na Câmara, vereador Sérgio Nogueira (PSDB), a administração está aberta ao diálogo e não vê a medida como prejudicial. “O Executivo mandou um projeto com o objetivo de mudança de uma terminologia de professor de educação especial para apoio pedagógico educacional”.

Segundo ele, trata-se de uma atualização, uma vez que o Ministério da Educação já utiliza a terminologia ‘apoio pedagógico'. “A base de apoio da administração municipal na Câmara solicitou uma reunião para discutir o assunto. E eu também estou entrando com uma proposta de audiência Pública”, disse Nogueira.