À frente da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), Rose Modesto está otimista em relação à inclusão da autarquia que comanda em programas de incentivos fiscais para empresas via Governo Federal. “Mato Grosso do Sul vai viver o melhor momento da história”, disse Rose sobre a inclusão da Sudeco no programa de incentivos que beneficiará a economia de MS, junto ao projeto da Rota Bioceância. Modesto também ressalta a importância dos benefícios para toda região Centro-Oeste.

O projeto (PL 4.416 de 2021) foi aprovado pelos deputados em agosto e, em setembro, no Senado, a proposta teve acréscimo dos incentivos também para a Sudeco, que não estava no texto original.

Rose conta que após reuniões com ministros e líderes do governo, o projeto que estende até 2028 os incentivos para empresas nas áreas de atuação das Sudene (Superintendências do Desenvolvimento do Nordeste), da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento Amazônia) com a inclusão da Sudeco, seria votado nesta quarta-feira (8), mas foi retirado da pauta.

O Governo Federal foi contrário à inclusão sem um estudo que impactasse os valores dos benefícios fiscais com a entrada da Sudeco. Somente com a Sudam e Sudene, os valores estimados são de R$ 15 bilhões para 2024.

Líder interino do Governo na Câmara, o deputado Alencar Santana (PT-SP) e o relator da proposta no plenário, o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) chegaram a dizer que iriam rejeitar a inclusão sem os devidos estudos dos impactos.

“Até esta quinta-feira (9) devemos ter esses números para já possível votação e aprovação na próxima semana”, diz Rose que se reuniu com os deputados Vander Loubet (PT) e (PSDB) que intermediaram conversas com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, presidente da Câmara e demais líderes do Governo Federal e de bancadas.

“Depois de tantas tentativas que aconteceram no passado. Mato Grosso do Sul vai viver o melhor momento da história com a chegada da Rota Bioceânica. Como nós vamos passar a ser um escoamento de produção pelo corredor pelo nosso estado, vai fazer com que muitas empresas queiram se instalar por causa do custo que vai ficar muito mais baixo para o transporte da produção. E se tem o incentivo fiscal para gente se tornar mais competitivo, vamos unir o útil ao agradável”.

Rose Modesto também ressaltou que o FCO (Fundo Constitucional de do Centro-Oeste) deverá passar de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões em 2024. “Hoje o Mato Grosso do Sul ele fica com 23% desse total. Vamos ver se conseguimos aumentar para 25% ou 26%”, diz.