O deputado estadual Pedro Kemp (PT) pediu que a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) esclarecesse a votação sobre aporte de R$ 60 milhões para a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de MS) nesta quarta-feira (30). O parlamentar alegou ser vítima de fake news e acabou disparando xingamentos contra os autores de uma imagem falsa que circulou nas redes sociais.

“Essa Casa tem resistência em votar meu projeto contra fake news e ontem fui mais uma vez vítima desse fato. Divulgaram nas redes sociais a relação de deputados que votaram com a legenda de que tínhamos votado pelo aumento da taxa. Eu chamaria de mau-caratismo e vagabundos”, disse, irritado.

Kemp esclareceu que o aporte de R$ 60 milhões é para um desconto de R$ 10 aos servidores. Presidente da Casa, Gerson Claro (PP) pediu que o deputado retirasse o xingamento.

“Vamos fazer uma avaliação, mas vai ficar muito difícil para a Mesa Diretora ficar dando explicações para fake news. E eu não tenho costume de ficar dando explicação para redes sociais. A minha opinião aqui na Mesa é que não vou ficar discutindo ‘mentiraiada’. As informações do repasse e das taxas estão públicas, não precisa explicar pra ninguém”, defendeu Claro.

Kemp voltou a usar a palavra “vagabundo” para quem fez a imagem. “Distorcer o que falei, é mau-caratismo e cafajestagem. E senhor presidente, se não quer fazer nota para esclarecer, coloca meu projeto de lei para ser votado aqui”, rebateu.

Neno Razuk (PL) também pediu que o deputado retirasse o xingamento da fala e que abrisse o debate aos demais deputados quando fosse tratar do assunto. O parlamentar pediu parte três vezes e ao deputado Kemp, que não concedeu.

Aporte

Passou por votação, em primeira discussão, na terça-feira (29) o Projeto de Lei 245/2023, do Poder Executivo. A proposta autoriza a concessão de subvenções à Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), no valor de R$ 60 milhões.

Sob debates dos deputados, o presidente da Casa de Leis, Gerson Claro (PP), esclareceu que no ato a votação é sobre a constitucionalidade da proposta. Ainda mais, defendeu a cobrança na prestação de contas por parte da Cassems, o que é alvo de reclamação de outros parlamentares.

Com isso, a proposta foi aprovada por 15 votos contra 6, sendo encaminhada para votação em segunda discussão. Conforme a proposta, o repasse do valor será feito em duas parcelas, sendo a segunda paga em 2024. Este repasse deve suprir déficit apresentado pela Cassems.