Em mais uma reviravolta, nesta quinta-feira (6), a comissão provisória do diretório estadual do União Brasil pediu que o Flávio Saad Peron, da 15ª Vara Cível de Campo Grande, reconsidere sua decisão que suspendeu o processo de escolha de uma nova composição do partido em Mato Grosso do Sul. Chapa liderada por Rhiad Abdulahad teve a sua eleição suspensa na terça-feira (4).

O processo para barrar a nova eleição foi movido pelo tesoureiro adjunto do diretório Anderson Pereira do Carmo, ao contestar a exclusão dele e outros 14 integrantes da agremiação atribuindo tal medida à presidente regional e senadora Soraya Thronicke.

Na manifestação, encaminhada hoje ao juiz, a comissão começa a questionar a legitimidade de Anderson em propor a ação. Isso porque certidão da anexa ao processo destaca sua filiação ao PSDB e não ao União Brasil. “Por si só justificaria a sua inativação da composição estadual do União Brasil, onde ocupava o cargo de Tesoureiro-Adjunto indevidamente”, cita a manifestação.

Três advogados, dentre eles o novo presidente eleito que está suspenso, buscam reverter a decisão. Eles citam no processo que inativações e desfiliações foram tornadas sem efeito e que isso não trouxe prejuízo à convenção partidária realizada no dia 4 de abril, em período anterior a determinada pelo juiz Flávio Saad Peron.

Em outro ponto, a comissão provisória ressalta que cumpriu todas as diretrizes legais de convocação dos filiados, com publicação do edital com cinco dias de antecedência e que a comissão votante foi a mesma determinada pelo juiz da 15ª Vara Cível de Campo Grande.

“A verdadeira intenção do autor é na verdade tumultuar as convenções tendo em vista que o grupo do mesmo se desligou do partido há mais de cinco meses, após realizada as eleições do primeiro turno”, dizem os advogados em referência a ex-deputada e candidata ao governo, Rose Modesto. Conforme Anderson, ela também havia sido inativada na sigla.

Questionada pelo Midiamax, Rose esclareceu que recebeu da diretiva nacional do partido “que a eleição que tentaram fazer do União Brasil na terça passada foi cancelada por vícios no edital”. Ela também explicou que várias lideranças da executiva querem que ela participe do processo, porém diz não saber em que cargo. “Vamos construir”, comentou.

A senadora Soraya Thronicke e sua assessoria foram procuradas pela reportagem e o espaço segue disponível para seu posicionamento sobre o tema.