Deputados devem se reunir com Ministra e Governador para debater greve no Hospital de Câncer
Médicos entraram em greve no dia 22 de fevereiro e hospital alega déficit financeiro de R$ 770 mil por mês
Mariane Chianezi, Anna Gomes –
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Com médicos em greve há 12 dias, os deputados federais que participam da audiência pública nesta manhã de segunda-feira (6), na Câmara Municipal de Campo Grande, prometem outra reunião para debater o déficit do Hospital de Câncer.
Geraldo Resende (PSDB) disse que nesta segunda-feira está acontecendo a reunião para tentar colocar fim na paralisação da entidade. O parlamentar diz que vai participar do encontro após a audiência e adianta um encontro para debater o tema com a Ministra da Saúde Nísia Trindade Lima.
“Já procurei a secretaria municipal, estadual, o hospital e também já falei com o Governador Eduardo Riedel para resolver a situação do Hospital do Câncer e de outras instituições de saúde. Saindo daqui da audiência vou tentar participar da reunião. Nesta semana vou me reunir também com a Ministra da Saúde para colocar o assunto em debate”, disse.
Amilton Fernandes Alvarenga, coordenador administrativo do Hospital de Câncer, disse que está otimista e acredita que a paralisação vai acabar nos próximos dias.
Dagoberto Nogueira (PSDB) adianta que nesta tarde vai se reunir com o Governador com outros deputados federais. “Na tarde de hoje temos uma reunião com o governador. Eu, o Geraldo Resende e o Beto Pereira vamos tentar entrar em um acordo. Não é possível que na gestão passada o Estado fazia o repasse e agora não está fazendo. Vamos ver o que está acontecendo”.
A reportagem entrou em contato com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), que informou que a reunião está acontecendo no Ministério Público Estadual, com a presença de representantes do Hospital de Câncer e também da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Greve no Hospital de Câncer
Sem receber salários e outros direitos trabalhistas, os médicos do Hospital de Câncer de Campo Grande anunciaram paralisação dos atendimentos no dia 22 de fevereiro. O anúncio de greve já havia sido feito no dia 18 de janeiro deste ano, mas foi adiado por 30 dias em uma tentativa de que a situação se resolvesse.
Segundo a direção da unidade, o déficit financeiro acumulado do Hospital de Câncer chega a R$ 770 mil reais por mês. Em meio a diversos problemas elencados, os médicos aguardam o cumprimento integral da regularização dos pagamentos e dos contratos dos integrantes do corpo clínico; regularização dos serviços de patologia e exames de imagens, essenciais aos diagnósticos e tratamentos.
Por enquanto, local só recebe atendimento de urgência e emergência realizados realizados no PAM (Pronto Atendimento do Hospital, 24H), cirurgias de urgências e emergências, atendimentos de UTI e os tratamentos nos setores de quimioterapia, radioterapia e hormonoterapia já em andamento.
Além disso, os médicos anunciaram que só normalizarão os atendimentos quando houver resolutividade para esta questão e quando os recursos forem efetivamente liberados.
Em dezembro, 422 funcionários e 75 médicos já tinham relatado falta de pagamento do 13º salário dos funcionários. Atualmente, 99% dos pacientes do SUS recebem tratamentos gratuitos no Hospital de Câncer. A unidade realiza 70% dos atendimentos oncológicos públicos de todo o Estado.
Hospital pediu ‘socorro’ à prefeitura
A ameaça de greve dos médicos é coisa antiga e em janeiro eles ameaçavam paralisar os atendimentos por falta de pagamento ao Corpo Clínico. Em janeiro deste ano, a instituição precisou pedir ‘socorro’ à prefeitura, que encaminhou repasse de R$ 1 milhão para quitar folha de dezembro dos médicos que atendem na unidade de saúde.
“A Diretoria Executiva pretende junto aos médicos do Corpo Clínico adequarem os itens reivindicados a capacidade financeira da instituição, que encontra-se em grave situação. Há um enorme déficit financeiro do HCAA com necessidade incremento de custeio de R$ 770.000,00/mês, e cujo ápice se deu em dezembro com pagamento do 13º salário dos funcionários do hospital”, informou o local por meio de nota na época. Ao todo, hospital conta com 422 colaboradores e 75 médicos.
Em agenda pública nesta quinta-feira (2), a prefeita Adriane Lopes (Patriota) disse que a situação do Hospital de Câncer é “de responsabilidade da diretoria do hospital”.
Hospital de Câncer Alfredo Abrão
O Hospital de Câncer Alfredo Abrão é uma instituição filantrópica que atende 99% dos pacientes oriundos do SUS (Serviço Unificado de Saúde) com tratamentos totalmente gratuitos aos pacientes. Realiza também 70% dos atendimentos oncológicos públicos de todo o Mato Grosso do Sul.
Em 2022, foram realizados mais de 150 mil procedimentos, como cirurgias, quimioterapias, radioterapias, dentre outros tratamentos.
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