‘Cura gay’: Camila Jara apresenta projeto que proíbe terapias de conversão sexual
O projeto prevê prisão de até 4 anos e multa para quem descumprir as regras
Mariane Chianezi –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A deputada federal de Mato Grosso do Sul, Camila Jara (PT), assinou projeto de lei que visa proibir terapias de conversão sexual, as chamadas terapias para “cura gay”. A petista assina o projeto em conjunto com as deputadas Duda Salabert (PDT-MG) e Tabata Amaral (PSB-SP).
“O presente projeto busca eliminar a prática danosa e não científica de terapias de conversão de orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero, práticas que também são chamadas comumente de ‘cura gay’, ‘cura trans’, reorientação sexual, terapia reparativa ou outros nomes. Para isso, são criados mecanismos para punir a prática, sua prescrição e divulgação, além de punir o impedimento de acesso à profissionais e serviços que promovem o cuidado em saúde relacionado ao gênero e à sexualidade”, diz o texto elaborado pelas deputadas.
O projeto prevê que a prática de terapias de conversão podem ser punidas com pena de prisão, de 2 a 4 anos, além de multa. A pena pode aumentar em um terço se o crime for praticado com fim de algum tipo de lucro.
“Aumenta-se a pena da metade até o dobro se o crime é praticado contra pessoa menor de 18 (dezoito) anos ou utilizando-se de meios que impeçam ou dificultem a livre manifestação de vontade da vítima”, diz o projeto.
As parlamentares citam exemplos e outros países que adotaram legislações mais duras para punir a prática da chamada “cura gay” nos últimos anos.
“Atualmente, mais de 25 países possuem algum tipo de legislação banindo as terapias de conversão em âmbito nacional, sendo perceptível um aumento da tendência de novas leis criminalizando essas terapias partir de 2020: Alemanha (2020), Canada (2022), França (2022), Nova Zelandia (2022), Grécia (2022), Espanha (2023), Chipre (2023) e Islândia (2023). Tais legislações, em especial a do Canadá e Nova Zelândia, inspiram o texto aqui apresentado e esperamos contar com o apoio dos nobres pares para que em breve o Brasil possa se juntar a esse rol de países que protegem de forma ampla os direitos LGBTIAPN+”, diz o texto.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Prefeitura divulga extrato de contrato de aquisição de proteínas congeladas por mais de R$ 2 milhões
O investimento será financiado por recursos provenientes do PNAE e do Salário-Educação
Dólar volta a subir e permanece acima de R$ 6,00 mesmo com atuação do BC
A valorização do dólar poderia até ter sido mais expressiva
Após nota de repúdio do CRO-MS, dentista pede liberação na Justiça para fazer procedimentos proibidos
Caso veio à tona na quinta-feira (12) após uma das vítimas registrar boletim de ocorrência contra ela
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.