Parlamentares protestam contra a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) após cassação do mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Deputados de participam do movimento ao lado de e Kim Kataguiri (União Brasil).

Os deputados usam placas para criticar a decisão do Tribunal, feita por unanimidade nesta terça-feira (16). “Perseguição política não é justiça” e “#Juntos com Deltan” são alguns dos cartazes.

Nesta tarde, Deltan faz pronunciamento no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Equipe do Jornal Midiamax acompanha diretamente de Brasília.

“Inventaram uma inelegibilidade para me cassar, me cassaram por vingança”, disse ele na Câmara. Além disso, ele afirmou que não tinha processo administrativo disciplinar e afirma que ‘cassaram ele por suposição'.

Na coletiva, ele comentou sobre a perda de mandato. “Perdi meu mandato para evitar um suposto processo administrativo que nunca existiu”, criticou.

Os deputados Luiz Ovando (PP) e Rodolfo Nogueira (PL) participam do pronunciamento de Deltan. Após a manifestação, o deputado Luiz Ovando disse que a cassação foi feita “sob argumentação pífia, inconsequente e irresponsável”.

Ainda afirmou que o ato foi praticado como forma de vingança. “Esse pessoal que atropela o processo jurídico terá sua paga em breve, observando a ordem natural do universo”, disse.

Cassação do mandato

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (16) cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Pode-PR). Deltan atuou como chefe da força-tarefa da em Curitiba e, após deixar o cargo, foi o deputado mais votado do Paraná nas eleições de 2022, com 344 mil votos. Cabe recurso da decisão, mas Deltan Dallagnol terá de sair do cargo eletivo, ocupado há três meses.

Os votos recebidos pelo parlamentar na eleição serão computados para a legenda. Além disso, o TSE determinou cumprimento imediato da decisão.

A federação formada pelo PT no estado e o candidato a deputado Oduwaldo Calixto (PL) contestou a elegibilidade do deputado. Contudo, antes de chegar ao TSE, a Justiça Eleitoral do Paraná rejeitou a inelegibilidade de Deltan.

Porém, ambos sustentaram que o ex-procurador não poderia concorrer às eleições devido à condenação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no caso das diárias pagas à força-tarefa.