‘Cidade da propina’: Prefeito de Ribas do Rio Pardo lamenta nome de operação contra corrupção
Prefeito apontou processo em que o ex-presidente da Câmara responde por corrupção passiva
Dândara Genelhú –
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O nome da operação do Gaeco causou descontentamento no prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze (Psol). Em nota nesta quarta-feira (16), ele lamentou que “a cidade sofra o batismo dado o nome desta operação Tangentopoli (cidade da propina)”.
Portanto, o gestor destacou que na cidade existem “várias outras autoridades, inclusive na Câmara Municipal, dignas de credibilidade e seriedade”.
Mais cedo, ao Jornal Midiamax, o prefeito afirmou que não houve busca e apreensão junto à Prefeitura Municipal, na residência dele ou de secretários municipais. Danieze disse que não teve acesso à detalhes da investigação contra corrupção.
Contudo, disse que dois dos investigados ‘tentaram obter vantagens quando do início de mandato dele’, em abril de 2021. “Uma delas, inclusive, já denunciada por corrupção passiva e outros crimes (Processo nº. 0000043-32.2022.8.12.0041)”, pontuou.
Operação Tangentopoli
A Operação Tangentopoli, deflagrada nesta quarta-feira (16) em Ribas do Rio Pardo e Campo Grande, cumpre 8 mandados de busca e apreensão. O Gaeco apura esquema de propina e corrupção envolvendo vereadores e o ex-prefeito da cidade no interior.
As investigações revelaram a existência da organização criminosa formada por vereadores de Ribas do Rio Pardo e também pessoas ligadas aos parlamentares. O objetivo era o cometimento de crimes de corrupção.
Assim, os vereadores exigiam propinas para montarem uma base partidária, aprovando projetos de interesse do então prefeito, na Câmara. Conforme apurado pelo Midiamax, o alvo da operação é o ex-prefeito José Domingues Ramos, o Zé Cabelo (PSDB).
Ele foi preso em flagrante nesta manhã. No entanto, pagou fiança de R$ 7,5 mil e foi solto na tarde do mesmo dia.
Câmara
Também foram cumpridos mandados na Câmara, além das casas do vereador Anderson Arry (PSDB) e do ex-presidente da Casa de Leis, Tiago Gomes de Oliveira, o Tiago do Zico.
Ainda conforme o Gaeco, o grupo também votava pelo arquivamento de comissões parlamentares instaladas para apuração de eventuais crimes de responsabilidade. Crimes eleitorais também foram identificados e são apurados.
Nesta quarta-feira, mais de R$ 88 mil foram encontrados e apreendidos na casa de um dos vereadores investigados.
O nome da operação faz alusão ao escândalo de corrupções em Milão, na Itália, que ganhou denominação na mídia de tangentopoli (cidade das propinas), que é a combinação da palavra “tangente” (propina) e “poli” (cidade).
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