Após o Governo do Estado anunciar plano para ampliar de 258 câmeras para 1,8 mil até o fim de abril nas escolas e botão do pânico com resposta de 6 a 10 minutos, os deputados estaduais pediram nesta quinta-feira (13) mais vigilância dos pais, com o cuidado de vistoriarem as mochilas dos filhos antes de ficarem na escola.

Durante sessão na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Coronel David (PL) pediu mais cuidado no ambiente familiar. “Existem grupos de apoio da Secretaria de Estado de Educação, com orientação para profissionais de educação. A responsabilidade é do poder público, que não fugiu a essa responsabilidade, mas também da família, de todos. Pai e mãe têm que ficar sim de olho no filho, o que tem na mochila antes de ir pra escola”.

O parlamentar lembrou que na quarta-feira, um aluno foi encontrado com uma faca na escola, e alegou que a levou para se defender.

Rinaldo Modesto (Podemos) destacou que o autor do ataque geralmente quer confronto. “Esse debate é tema que os especialistas e inteligência da segurança pública têm que estar nesse processo para dar tranquilidade às crianças agora”.

Gleice Jane (PT) alertou que é preciso fortalecer as redes de enfrentamento à violência. “Observando como funciona a mente desses adolescentes para construir críticas nesse sentido. Quanto mais a gente falar sobre isso, mais dar valor a isso, mais a gente vai ter esses casos. Precisamos de serviço de inteligência e tratar isso com seriedade e discrição para não incentivar o processo”, opinou.

Presidente da Casa, Gerson Claro (PP) destacou que é uma preocupação para família assumir a responsabilidade e o ambiente que é proporcionado. “Precisamos reconhecer que o poder público está fazendo sua parte. É preciso acalmar o ambiente”, finalizou.

Botão do pânico nas escolas

O monitoramento em tempo real é uma das medidas colocadas em prática em 245 unidades de ensino, incluindo um aplicativo que pode ter o botão do pânico acionado por servidores, com tempo de resposta de 6 a 10 minutos.

Das 301 escolas estaduais, apenas 43 ainda não contam com o videomonitoramento, essas estão localizadas em área rural ou indígena. O gerente da empresa terceirizada INN Tecnologia, Vicente Lopes, explica que há um plano em elaboração para instalação nas defasadas, pois o principal problema é a estabilidade na conexão.

O plano do Governo do Estado, anunciado nesta quarta-feira (12), visa ampliar de 258 câmeras para 1,8 mil até o fim de abril. Cada unidade escolar conta com uma ou duas câmeras, dependendo do tamanho estrutural de cada uma.

A empresa terceirizada tem contrato com o governo no valor de R$ 1,4 milhão por mês, somando no orçamento o trabalho de vigilância, manutenção do serviço e apoio técnico.