A Municipal de Ribas do Pardo votou pelo prosseguimento da CPP (Comissão Parlamentar Processante), no qual investiga o João Alfredo Danieze (PSOL) por uma possível fraude fiscal nos cofres do municípios. Por dois votos a um, a CPP determinou a continuidade no processo, durante a reunião nesta quarta-feira (29).

A votação foi apresentada durante a reunião após o relator da Comissão, o Policial Christoffe (PSC) se manifestar à favor do arquivamento do processo. No entanto, os demais membros da CPP, como o presidente Pastor Isac (PTB) e o vereador Luiz do Sindicato (MDB), derrubaram o relatório original e, por dois votos favoráveis e um contrária, derrubaram o relatório original do processo.

Com a votação, a CPP aguardará agora o parecer prévio que será analisado e votado em Plenário, na sessão extraordinária que será realizada na terça-feira (05/07). Considerando os votos da maioria dos presentes, se relatório receber mais votos contrário, o processo é arquivado, mas se o parecer for favorável, o prefeito será notificado para seguir as diretrizes da CPP.

Defesa

Para o advogado do prefeito, André Borges, a cidade está em pleno desenvolvimento urbano e não precisa passar por esse tipo de processo no momento. “Tudo que Ribas não precisa neste momento é desse tipo absurdo de processo, que ignora o pleno desenvolvimento da cidade e deixa de considerar os claros motivos da defesa; numa só palavra: lamentável, para dizer o menos”, disse a defesa.

Câmara denuncia

Nego da Borracharia aponta ser possível constatar diversas irregularidades nas medições, no pagamento e na ausência de notas fiscais referentes ao contrato com a Tec Faz. Segundo o vereador, tudo ocorreu com o pleno conhecimento de João Alfredo, que já teria gasto mais de R$ 800 mil com locações, máquinas e caminhões da empresa só até 18 de novembro de 2021.

“Ao ignorar as efetivas quilometragens e permitir o pagamento de forma equivocada e ainda aceitar realizar pagamentos sem notas fiscais, o Denunciado somente demonstrou seu caráter autoritário e a falta de ética ao atuar frente ao Poder Público, situação que não se pode permitir”, disse o vereador.