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Política

Novo desembargador do TJMS, Ary Raghiant defende mudanças contra insegurança jurídica

Campo-grandense, Ary também falou sobre temas como as manifestações pós-eleições e aborto
Dândara Genelhú, Adriel Mattos -
Ary Raghiant Neto
Raghiant durante debate no Senado em 2019. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Para o novo desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Ary Raghiant Neto, mudanças contra a insegurança jurídica são essenciais. O assunto é debatido pelo advogado desde 2019, quando defendeu a segurança jurídica na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal.

Para isso, o novo desembargador do se manifestou contra a prisão em segunda instância. “Vamos continuar na insegurança jurídica, que é algo que ninguém quer. Essa alteração pontual na lei não vai resolver”, destacou. Na época, disse que “amanhã poderá haver nova alteração e vamos viver de tempos em tempos alterando a jurisprudência a partir da composição do Supremo”.

Filho de Leila Dittmar Raghiant e Uriel Raghiant, Ary é natural de Campo Grande. Aos 53 anos, ele foi nomeado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como novo desembargador do TJMS.

A nomeação foi oficializada em decreto publicado na edição desta segunda-feira (7) do DOE (Diário Oficial Eletrônico). Em entrevista ao Jornal Midiamax, Raghiant se mostrou entusiasmado e disse que irá levar a experiência de 30 anos para a corte.

“Levo minha experiência de 30 anos com uma atuação voltada às bandeiras de valorização do advogado. Temos que atender bem as partes”, afirmou. Juiz do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) entre 2008 e 2012, ele acredita na legitimidade das manifestações contra o resultado da eleição presidencial.

No entanto, destaca que o resultado deve ser respeitado. “Como democrata por natureza, não havendo fraude comprovada, o resultado deve ser respeitado. As manifestações são legítimas, mas não concordo com tentativas de mudar a eleição”, avaliou.

Debates e opiniões

Em 2019, quando defendeu a segurança jurídica, Ary se manifestou contra a prisão em segunda instância. Na época, avaliou que antecipar a pena não resolve a situação da Justiça brasileira. Assim, acredita na necessidade da mudança do sistema recursal.

O novo desembargador também comentou sobre o aborto. Sem se posicionar contra ou a favor, Ary pontuou que o tema precisa de uma solução definitiva.

“É um tema que precisa de uma solução. Tivemos manifestação de ambos os candidatos (a presidente)”, lembrou. Contudo, disse que “o juiz deve aplicar a lei em cada caso. No caso de estupro, deve ser um tipo [de decisão], quando envolve menor, outro. É difícil”, comentou.

Foto: Reprodução; OAB-MS.

Quem é Ary?

Apesar de ter nascido em Campo Grande, Raghiant é corumbaense “de coração”, já que passou grande parte da infância na cidade pantaneira, chegando inclusive a receber moção de congratulação da Câmara de por ter sido indicado pelo Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do , como representante da OAB no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Formado em Direito pela Fucmat (Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso) – atual UCDB ( Católica Dom Bosco) – em 1991, Ary é pós-graduado em direito tributário pelo IBET (Instituto Brasileiro de Estudos Tributários).

Também possui pós em direito constitucional pela ESA-MS (Escola Superior de Advocacia) e PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Assim, o advogado já está habituado a trajes sociais.

Sempre com gravatas sóbrias em tons de azul, vermelho ou cinza, Ary é discreto nas redes sociais. O perfil do e Twitter é privado. Além disso, possui mais de 2,6 mil seguidores, sendo que entre eles estão alguns nomes conhecidos em MS.

Na OAB-MS, foi presidente da 2ª Câmara de Seleção e Prerrogativas e conselheiro estadual nas gestões de Geraldo Escobar Pinheiro (2004/2006) e Fábio Trad (2007/2009). Logo depois foi juiz do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) até 2012.

Também foi professor da ESMP (Escola Superior do Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal). Então retornou à OAB-MS, disputou a presidência da entidade, mas não foi eleito.

Assim, em 2015, foi eleito conselheiro federal e representou o Estado no Conselho Federal da OAB entre 2017 e 2021. Foi eleito secretário-geral adjunto da OAB em 2019. Foi corregedor nacional da Ordem e representou a OAB no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) até 2021. Atualmente, é sócio da RTM (Raghiant, Torres & Medeiros) Advogados Associados.

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