‘Não tenho mais compromisso com o União Brasil’, diz Harfouche após Mandetta anunciar ser pré-candidato

Convenção deve votar para decidir quem será o pré-candidato; neste caso, Harfouche diz aceitar apoio do partido

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Sérgio Harfouche em evento da pré-candidata Rose Modesto (Arquivo/Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Pré-candidato ao Senado, o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (Avante) disse nesta quinta-feira (14) ao Jornal Midiamax que não tem mais compromisso com o União Brasil. Após anunciar coligação e até comparecer em evento como o pré-candidato ao Senado apoiado pela sigla, Harfouche disse que a confirmação do União nunca veio.

O estopim da situação, segundo Harfouche, foi a indefinição para anunciá-lo em coletiva como o pré-candidato e também a presença do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta no evento ‘MS que Queremos’, no bairro Guanandi, em Campo Grande, no último dia 4 de junho.

“Fui chamado pela própria Rose [Modesto, pré-candidata ao Governo do Estado pelo União Brasil] para ir ao evento como o pré-candidato deles ao Senado. Lá, de repente, chegou o Mandetta. E ainda dando entrevista como pré-candidato também”, disse.

Sobre as coletivas, Harfouche disse entender os cancelamentos por questões de pautas legislativas. “Elas [Rose e Soraya Thronicke, senadora do União Brasil e presidente estadual do partido] tinham votações importantes no Congresso, é compreensível. Mas cancelaram duas vezes e, desde então, não me dão uma definição sobre o assunto”, relata.

Para Harfouche, não há mais compromisso dele com o União Brasil desde sexta-feira passada, dia 9. “Foi o diz que dei como prazo para me darem essa definição, e ela não veio. Então, para mim, não há mais esse compromisso. De fato, eu deixei de conversar com diversas legendas que me procuraram por acreditar ter um compromisso com o União, mas eles não tiveram comigo”.

Apoio da executiva estadual do União

No dia da convenção, marcada para 22 de julho, a executiva estadual do União Brasil é quem deve definir quem será o candidato do partido ao Senado. Questionado se ainda vai deixar seu nome ser submetido à votação, Harfouche é enfático: “meu suplente é da executiva estadual do União. Eu acredito que temos maioria lá. Se definirem que eu sou o candidato, eu aceito o apoio deles, sim”.

Atualmente, o procurador, que já pediu aposentadoria no MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), diz ter uma equipe bem estruturada e estar tranquilo quanto à questão. “Com ou sem apoio deles, eu sigo em pré-campanha. Estou andando pelo interior e hoje em dia eu tenho a equipe muito melhor estruturada que nas eleições anteriores. E o melhor: eu tenho um partido, o Avante, ao meu lado”, finalizou.

Mandetta sobre Harfouche

Mandetta falou sobre Harfouche em evento nesta quinta em Campo Grande (Henrique Arakaki, Midiamax)

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, do União Brasil, esteve em agenda nesta quinta-feira (14) em Campo Grande e reiterou que ele é o pré-candidato ao Senado pelo partido. Apesar da sigla afirmar nesta semana que haverá votação durante a convenção para escolher quem disputará pela legenda, Mandetta disse que Sérgio Harfouche (Avante) terá que se entender com o ‘partido dele’.

“Sou pré-candidato ao Senado e o União Brasil é o União Brasil. O Harfouche que tem que ver se ver com o Avante”, disparou. Mandetta também descartou participar do pleito como pré-candidato a deputado federal. “É isso. O presidente do partido, Luciano Bivar, me apoia como o pré-candidato”, disse, encerrando a conversa.

Isso porque partidos coligados, mesmo que para concorrer ao Governo do Estado, não podem ter mais que uma vaga ao Senado. Essa é uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do último dia 21. Por maioria de votos, os ministros mantiveram a jurisprudência da Corte no sentido de vedar a possibilidade de que as agremiações que se uniram para disputar a vaga de governador formem coligações distintas com o intuito de concorrer ao Senado Federal.

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