Pular para o conteúdo
Política

Ex-prefeito diz não ter conhecimento de venda de terrenos públicos investigada pelo Gaeco

Ele manifestou 'apoio às investigações'
Evelin Cáceres -
Eder Uilson, o Tuta (Divulgação)

Eder Uilson França Lima, de , disse em nota nesta quinta-feira (6) não ter conhecimento da venda irregular de terrenos públicos durante a sua gestão, entre 2013 e 2020. Ele manifestou ainda ‘apoio às investigações’.

De acordo com o prefeito Juliano Ferro (PSDB), a prefeitura estava fechada mais cedo por causa da investigação do . Um dos alvos seria o ex-prefeito Eder Uilson e servidores. Em nota, o (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) informou apenas que dois servidores eram alvos da investigação.

Confira a nota do ex-prefeito na íntegra:

“Eder Uilson França Lima, ex-prefeito de Ivinhema, manifesta apoio às investigações em curso desencadeadas hoje pelo Gaeco e Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul.
Reafirma ainda que não comunga com atos ilícitos e reitera que a conduta dos agentes públicos ocupantes de cargos durante o seu mandato (2013 a 2020), investigados na ação, não teve o seu
conhecimento.
Eder Uilson França Lima se coloca à disposição dos órgãos competentes para eventuais esclarecimentos”.

Acordo em investigação sigilosa do MPMS

O ex-prefeito, conhecido como Tuta, já tinha sido investigado por suposta prática de ‘mensalinho’. Em 2021, o ex-prefeito fez acordo para devolução de valores apreendidos durante investigação que o implicou em suposta prática de crime previsto do artigo 333 do Código de Processo Penal.

A decisão judicial foi decorrente de PIC (Procedimento Investigatório Criminal) aberto pelo MPMS (Ministério Público Estadual), que correu em segredo de Justiça, mas teve decisão publicada no Diário da Justiça. O artigo mencionado na publicação refere-se ao oferecimento ou promessa “de vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício” e tem como pena reclusão de um a oito anos, além de multa.

Conforme os autos, os valores apreendidos pertencem aos cofres públicos da Prefeitura de Ivinhema. A publicação também revela que o ex-prefeito encontra-se cumprindo acordo de não persecução penal. “O valor deverá ser transferido em favor da Prefeitura de Ivinhema na conta indicada”, traz decisão do juiz José Eduardo Neder Meneghelli.

“Mensalinho”

Vale lembrar que, em novembro de 2017, a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ivinhema instaurou inquérito para apurar a suposta existência de um “mensalinho” com desvio de dinheiro público na Câmara do município. A investigação foi decorrente de denúncia do então vereador Juliano Ferro (DEM) – atual prefeito municipal de Ivinhema – que acusou a existência de um esquema de desvio de dinheiro público entre a Câmara e a Prefeitura.

Na ocasião, Ferro passou a ser presidente interino da Câmara de Ivinhema após o afastamento do presidente da Casa, vereador Junior do Posto, para tratamento de saúde. Após ter se reunido com Tuta, o vereador fez denúncia na tribuna da Câmara.

“Ele me chamou para fazer parte do modo de corrupção, aonde nós iríamos desviar o dinheiro da Câmara, um repasse de R$ 50 mil reais, que iria ser desviado, aonde ele iria me repassar R$ 25 mil”, disse o vereador na tribuna.

Ferro disse que o dinheiro era dividido entre a presidência da Câmara e a Prefeitura, e depois distribuído a cinco vereadores da base de Tuta. O vereador chegou a apresentar uma quantia de dinheiro supostamente entregue pelo prefeito na sessão da Câmara. Quando a denúncia surgiu, Tuta negou em nota “qualquer ato de corrupção ou pagamento de vantagens indevidas a vereadores ou a qualquer outra pessoa” dentro da administração municipal de Ivinhema, desde o início de seu mandato.

Ele relacionou o suposto “mensalinho” denunciado com a restituição dos valores de duodécimo da Câmara Municipal ao Poder Executivo, que segundo ele, “são objeto de diversos registros contábeis e bancários, dotados de absoluta transparência”. “No caso específico de valores de duodécimo restituídos pela Câmara Municipal à Prefeitura de Ivinhema, todo esse histórico documental existe em registros oficiais e sempre esteve à disposição dos órgãos de controle, e assim permanecem, especialmente neste momento”, disse Tuta, em nota.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Dono de padaria famosa lacrada no Taveirópolis paga fiança de R$ 5 mil e é solto em Campo Grande

aposentadoria inss

Consulte aqui: Justiça Federal libera quase R$ 2,4 bilhões em atrasados no INSS

Prefeitura de Campo Grande abre crédito suplementar de R$ 400 mil

Empresa têxtil

Com 60 vagas abertas, curso gratuito capacita profissionais para o mercado da moda e setor têxtil

Notícias mais lidas agora

MS alega na Justiça que chineses receberam incentivos para megaindústria, mas abandonaram área

Defesa promete que Bolsonaro ficará calado e alega desdobramento incontrolável nas redes

superfaturamento

PF cumpre mandado em Campo Grande em operação por desvios de R$ 1,3 milhão do Dsei de MT

Ruralista de Dourados defende retomada de diálogo diplomático para evitar colapso nas exportações

Últimas Notícias

Esportes

Classificado, Brasil projeta duelo contra Colômbia pela Copa América

Vaga antecipada às semifinais veio por 4 a 1 sobre Paraguai

Política

Golpistas se passam por Camila Jara e fazem funcionária da Apae transferir R$ 4,1 mil

Funcionária achou que receberia doação do Conab e estava arcando apenas com custos do transporte

Cotidiano

Mora no Centenário? Prefeitura quer ouvir vizinhos sobre construção de novo condomínio

Até 13 de agosto, moradores podem protocolar sugestões, e em 8 de setembro será realizada uma audiência pública

Famosos

Síndrome nefrótica: entenda a doença rara que afeta a filha de Junior Lima

Junior Lima e Monica Benini anunciaram que Lara, de três anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica; entenda o que é a doença rara