Oito vereadores de votaram contra a cassação do mandato do colega Diego Cândido Batista (PSD), o Diego Carcará, suspeito de agredir a esposa e derrubar o bebê de um ano no colo, em janeiro deste ano. Com isso, ele continua no cargo.

Por ter sido preso durante 30 dias pelo crime cometido, a Câmara votou na manhã desta terça-feira (24), o pedido de cassação do mandato do político. Porém, a votação foi secreta, feita em cédula de papel e colocada em uma urna, localizada em cima da Mesa Diretora.

Com 11 vereadores na Casa de Leis – com apenas uma representante mulher – foram colhidos 10 votos, pois Diego é impedido de votar, assim como seu suplente, conforme explicou o presidente da Câmara, Emerson Cleber Mendes (PDT), por determinação do regime interno.

Após a votação, o resultado foi promulgado, sendo um voto a favor da cassação, um voto nulo e oito votos contra a cassação do mandato de Diego Carcará. No fim da sessão e após a contagem de votos, houve uma salva de palmas dos presentes. “Vai ao arquivo o projeto de de número 2”, disse Emerson.

A Câmara de Fátima do Sul é composta pelos seguintes vereadores: Nilsinho Construtor (MDB); Laurindo Barba (DEM); Ezequiel Ferreira Silveira (PDT); Fabinho de Culturama (DEM); Nelson Ferreira Pisano (PSD); Silvana Vasconcelos (PDT); José Francisco Fernandes Costa (PSD); Wagner Roberto Posiano (PSD); José Michel Gomes (PDT) e Diego Carcará

Relembre o caso

Na noite do dia 23 de janeiro deste ano, Diego teria chegado em casa de uma viagem e estava com o bebê de 1 ano no colo, quando teria derrubado a criança. Houve uma discussão entre ele e a esposa, momento em que o vereador tentou agredir a enteada com um chinelo.

A mãe da menina entrou na frente e foi agredida, assim como a criança. A Polícia Militar foi acionada e Diego foi detido em flagrante, alegando que estava apenas se defendendo de agressões da esposa.

Ele já tinha ameaçado a mulher anteriormente, fato apurado pela polícia após a . Ele também já tinha passagem por violência doméstica, com outra vítima. Diego foi preso preventivamente e ficou na prisão por 30 dias.

Inquérito

Lesão corporal dolosa e vias de fato qualificadas pela violência doméstica, estes são os crimes pelos quais responde o vereador. Conforme a delegada Gláucia Fernanda Valério, da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Fátima do Sul, o inquérito foi concluído sem outras novidades do caso, além dos já noticiados. Os autos foram remetidos ao Judiciário e agora é aguardada a denúncia do (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Na época dos fatos, Diego foi afastado da Câmara de Vereadores por 30 dias, a pedido, para tratar de assuntos pessoais, tempo em que esteve preso. Ele responde pela lesão corporal contra a esposa e ainda vias de fato contra a enteada.