O Sioms (Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul) e SinmedMS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) publicaram apoio ao vereador Victor Rocha (PP) para assumir a Sesau (Secretária Municipal de Saúde), em Campo Grande. O apoio surge após indicação da Câmara Municipal para que o vereador substitua José Mauro Filho à frente da pasta.

“[Victor Rocha] tem grande experiência em gestão pública dentro da na nossa Capital, inclusive na própria Secretaria de Saúde, com resultados efetivos na prestação de serviços à população, além do vasto currículo técnico. O sindicato entende que essa oxigenação trará avanços ao município”, comunicou o Sioms.

“O sindicato vem por meio desta declarar apoio a indicação da Câmara Municipal de Campo Grande, para que o vereador Dr. Victor Rocha esteja à frente da gestão da Secretaria Municipal de Saúde”, publicou o SinMedMS.

Pedido de mudança na pasta

Os vereadores da Câmara Municipal assinaram um documento com a sugestão de Victor Rocha para a pasta nesta terça-feira (4), durante sessão na Casa. Os parlamentares tentam fazer com que a prefeita Adriane Lopes (Patriota) se sensibilize com as filas de espera para consultas no município.

De acordo com o vereador, que já foi secretário de Saúde adjunto em 2013 e entre 2015 e 2016 em Campo Grande, os parlamentares estão tentando construir uma alternativa para substituir o atual secretário, José Mauro, alvo de críticas na Câmara por conta da situação nos postos de saúde.

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José Mauro e Victor Rocha na Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Divulgação)

Caso seja substituído, Mauro pode ser o segundo secretário a deixar a Prefeitura após a derrota de Marquinhos Trad (PSD) nas urnas no último domingo (2). Com o ex-prefeito em 6º lugar no resultado final das eleições, o aliado Antônio Cézar Lacerda Alves, Secretário de Governo e Relações Institucionais, deixou o cargo na segunda-feira (3).

Secretário culpa busca por espaço político

José Mauro culpou a busca por espaço político na Prefeitura após receber críticas de vereadores e até mesmo pedido dos parlamentares para ser substituído na pasta por Victor Rocha.

“Acredito que esse tipo de julgamento seja função da prefeita e é natural os movimentos políticos por busca de espaço. Teremos eleições municipais pela frente. Estou à disposição do município onde vivo pelo tempo em que for solicitado e me dedicarei sempre, de forma responsável e técnica”, disse Mauro.

O secretário destacou os avanços feitos na saúde municipal. “Nossos resultados têm sido importantes para Campo Grande. Passamos pela maior urgência sanitária do mundo com resultados melhores que países de 1º mundo. Avanços importantes em obras, como entrega da 11ª unidade de saúde inacabada da última gestão, reforma de 50% das unidades que estavam a décadas sem, expansão da atenção primária, com a criação da residência médica e multiprofissional sendo hoje a maior do Centro-Oeste”.

Mauro também destacou o combate à dengue com implantação do método Wolbachia e disse que Campo Grande está há 2 anos sem epidemia da doença, além da abertura do Hospital do Pênfigo e do Trauma. “O combate a covid com a vacinação, sendo exemplo pro país pra agilidade e eficiência, sem escândalos de corrupção na saúde. No Brasil, há uma situação em relação a procedimentos não realizados. São mais de 1 bilhão de procedimentos e exames sem previsão de linha de financiamento federal tendo em vista a pandemia”, justificou, em relação às críticas dos vereadores sobre as filas nos procedimentos.

Saúde

Victor Rocha atualmente é da Comissão de Saúde da Câmara e disse ao Jornal Midiamax que os vereadores tentam articular uma reunião com a prefeita com a sugestão do seu nome. “Fui consultado apenas pelos colegas da Casa se aceitaria, pela minha experiência”, comentou.

Rocha disse que já trabalha em uma emenda para aumentar para 30% o investimento em Saúde em Campo Grande para 2023. “O texto da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] veio com pedido de aplicação de 26,37% para a área. Para evitar pedidos de suplementação, quero que já seja aplicado o valor de 30%, é o que vou sugerir”, limitou-se a discutir sobre a questão da Saúde.

O documento já tem assinatura inclusive do presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB).