A senadora (MDB-MS), pré-candidata à presidência do Senado Federal, avalia que seu partido deve ir mais unido à disputa pela Mesa Diretora do que há dois anos. Ao Jornal Midiamax, ela disse que vê mais aceitação ao seu nome na disputa deste ano.

“O MDB vai unido para a disputa, seja eu ou outro candidato, terá todos os votos. Sendo eu, hoje vejo mais chance”, frisou. Ainda conforme a senadora, o MDB já avaliou que o Senado mudou nos últimos anos e pode escolher alguém mais independente para liderar a Casa.

Também ficou desenhado o cenário de que o candidato do partido deve ser aquele que obtiver mais apoio de outras legendas. O bloco “Muda Senado”, simpático à Simone, está prestes a ser dissolvido após enfrentar problemas internos.

Simone acredita em MDB unido contra senador de MG na disputa pela presidência do Senado
Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). | Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Podemos e PSDB formaram um bloco. E na avaliação de Simone, o grupo tende apoiá-la tendo em vista seu principal adversário, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Pacheco é aposta do atual presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), que foi impedido de concorrer à reeleição por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente da República Jair Bolsonaro manifestou apreço por Pacheco, mas não deve ter envolvimento direto, de acordo com o jornal O Globo.

E Renan?

Concorrente de Simone na disputa interna de 2019, o senador (MDB-AL) não deve disputar novamente a presidência da Casa. Desta vez, o emebedista também segue a linha da bancada: o candidato do partido precisa quem tenha amplo apoio

Segundo a CNN Brasil, Renan quer emplacar nomes de e sua confiança, como Marcelo Castro (PI) e Márcio Bittar (AC). Ligado a outro candidato do MDB, Eduardo Braga (AM), Renan avalia que o colega tem poucas chances de superar Pacheco.

Por outro lado, ele enxergou que Simone tem ganhado espaço. Questionada pela reportagem, a senadora demonstrou surpresa.

“Nós não somos próximos. Ele ainda atribui a mim a derrota para o Alcolumbre. Mas o Senado tinha que ouvir a voz das ruas”, disse a parlamentar, lembrando o forte movimento contra Renan que levou à de Alcolumbre.

Gestão independente

Se vitoriosa, Simone disse que sua gestão será independente. “Nunca fiz oposição ao governo. Estou alinhada com as pautas econômicas, mas na de costumes, eu sou contrária”, destacou.

A senadora lembrou do esforço pela aprovação da reforma da previdência há quase dois anos. Presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), ela reforçou que a agenda econômica continuará tendo apoio.

“Eu não tenho radicalismo. Sou favorável a privatizações. Não de bancos públicos, por exemplo, mas de empresas que tenham déficit”, finalizou.

Além de Simone e Braga, o MDB ainda tem na disputa Fernando Bezerra Coelho (PE), líder do governo no Senado, e Eduardo Gomes (TO), líder de Bolsonaro no Congresso. Fora da legenda, além de Pacheco, demonstraram interesse ou são apontados como pré-candidatos os senadores Major Olímpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Álvaro Dias (Podemos-PR),  Mara Gabrilli (PSDB-SP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Lasier Martins (Podemos-RS) e Otto Alencar (PSD-BA).