Apontado em pesquisa da Atlas como figura política com melhor avaliação no País e capaz de derrotar Jair Bolsonaro (sem partido) em um eventual segundo turno, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) admite entrar na corrida pelo Palácio do Planalto em 2022. Mais que isso. Para ele, a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente deve ajudar a viabilizar uma candidatura em terceira via.

Mandetta recebeu a reportagem do Midiamax na biblioteca do Colégio Dom Bosco, onde estudou. É da sala ampla, com janelas para as quadras e um mural do santo que batiza a escola, que o médico tem cumprido uma agenda frenética de entrevistas e reuniões.

Crítico do governo Bolsonaro, que o demitiu em abril de 2020 em meio ao desalinho sobre o enfrentamento à pandemia de , Mandetta também não poupa Lula, a quem atribui parte da culpa pelo que chamou de “década perdida”.

“Na verdade, eles [Lula e Bolsonaro] exigem [uma terceira via], a sociedade exige. E ela pode vir de um grande pacto, que é o que eu proponho, um grande pacto nacional de reconciliação, de desenvolvimento”, aponta.

“Você tem dois grupos de radicais, muito bem estabelecidos e facilmente reconhecidos. Aqueles que são bolsonarianos e aqueles que são petistas. São muito parecidos nas suas reações, são muito violentos. Aí você tem 60% da sociedade pensando: que pesadelo. Vou ter que escolher entre isso e isso? Onde é que está a terceira via. Quem vai ser esse nome? Não sei. Pode ser eu a pessoa que una? Pode”, completa.

Mandetta não descarta governo do Estado: ‘nem que eu vá sozinho'

O ex-ministro também não descarta disputar o governo do Estado no ano que vem. Mesmo que para isso possa vir a enfrentar um primo – o prefeito de (PSD), ou o senador Nelsinho Trad (PSD).

“Se for trabalhar aqui no Estado, achar que devo, não achar que os outros estejam prontos para fazer esse debate, porque não propor esse debate aqui? Às vezes me dão espaço, eu não sei. Em 2014, quando Nelsinho foi candidato a governador, eu não fiquei com ele”, revela.

Assim, Mandetta também reconhece pintar como via alternativa no cenário regional. “Se for esse acordão político, um sopão de letrinhas, nem que eu vá sozinho, eu vou a pé. Para fazer alguma coisa que seja de vanguarda, que valha a pena viver”, emenda.

Veja a completa com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta: