Pular para o conteúdo
Política

Ex-prefeito de MS recorre de condenação por usar assessoria para autopromoção

Ele teve direitos políticos cassados por três anos e terá que pagar multa
Arquivo -
Ex-prefeito de Aquidauana
Ex-prefeito de Aquidauana

A 1ª Câmara Cível do (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) julga, no próximo dia 19, recurso apresentado por Fauzi Suleiman, de , contra sentença que o condenou por ato de administrativa. Ele teve os direitos políticos cassados por três anos por usar a assessoria de imprensa e campanhas publicitárias do município para se promover, colocando outros assuntos em segundo plano.

Conforme ação oferecida pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), em 2009, quando era prefeito de Aquidauana, Fauzi criou a Agecom (Agência de Comunicação Social) da Prefeitura, cujo objetivo seria divulgar informações, ações, obras e serviços realizados pela administração pública. Todo o material era elaborado por meio de textos jornalísticos, fotos e vídeos. No entanto, o princípio foi desvirtuado na prática.

Ao invés de dar publicidade aos serviços prestados no município, a agência serviu como instrumento de promoção pessoal do então prefeito e seu vice à época, por meio da publicação de matérias no site oficial da administração. Tal promoção ficou ainda mais evidenciada em 2012, ano eleitoral. 

“As matérias divulgadas naquele site tinham o único objetivo de enaltecer, exaltar e engrandecer a figura do prefeito, já que era candidato à reeleição. […] além de focar apenas a figura do prefeito, o site começou a estampar propagandas sucessivas das obras e realizações do seu governo, numa clara demonstração de promoção pessoal, afrontando as normas constitucionais”, lê-se na ação do MPMS.

Ao avaliar o caso em primeira instância, o juiz Giuliano Máximo Martins, da 1ª Vara Cível local, constatou haver notícias que afrontavam o princípio constitucional da impessoalidade. Isso porque, para ele, eram matérias que visavam o engrandecimento da imagem do ex-prefeito. “[…] percebe-se que as notícias não eram feitas apenas para descrever fatos e realizações, o que comumente se percebe nos órgãos de imprensa, mas para elogiar e colocar a gestão do requerido Fauzi como centro das atenções dos leitores, o que caracteriza nítida promoção pessoal e violação do princípio da impessoalidade”, afirmou o magistrado.

Fauzi foi condenado às penas de suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três anos e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de três anos, além do pagamento de multa civil consubstanciada em cinco vezes o maior salário percebido no ano de 2012, incidindo correção monetária e juros de mora de 1% ao mês da citação.

Recurso

Fauzi recorreu da sentença alegando a nulidade absoluta do inquérito civil que resultou na ação, devido à incapacidade dos Promotores de Justiça de primeiro grau para a sua instauração, eis que o prefeito é autoridade com prerrogativa de função e tem garantido por lei o direito à instauração do inquérito pelo Procurador-Geral, cujo trâmite não foi observado no caso.

No mérito, pontua que o ato de publicação de matérias e notícias “elogiosas em excesso” quanto ao trabalho desempenhado na qualidade de prefeito municipal não pode ser imputado ao mesmo e, que, o fato de não ter determinado a imediata retirada do site e dos artigos extrapola os limites da razoabilidade, pois as notícias possuíam meramente cunho informativo e de publicidade dos atos de governo. A Procuradoria-Geral de Justiça emitiu parecer opinando pelo não conhecimento do recurso.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Chuva de meteoros Líridas ficará mais intensa nos próximos dias

VÍDEO: carros ficam destruídos em colisão no Tiradentes

Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil

Modelo brasileira é escolhida pela Chanel para fotos de alta joalheria

Notícias mais lidas agora

Morre em confronto homem que matou esposa com facada na nuca

Chuva ameniza e encenação da Paixão de Cristo reúne fiéis em Comunidade das Moreninhas

Com risco de desmoronamento, PRF interdita BR-267 entre Jardim e Porto Murtinho

Trump amplia o cerco contra Harvard com devassa fiscal e investigação sobre doadores

Últimas Notícias

Cotidiano

VÍDEO: muro que ameaçava cair desaba sobre ponto de ônibus na Vila Sobrinho

No ponto havia uma placa com o aviso de desativado

Trânsito

Motorista é socorrido em forte colisão com capotamento na Afonso Pena

Cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Espírito Santo

Polícia

Morre em confronto homem que matou esposa com facada na nuca

Foi morto em um confronto com policiais do Choque da Polícia Militar, na noite desta sexta-feira (18)

Trânsito

Com risco de desmoronamento, PRF interdita BR-267 entre Jardim e Porto Murtinho

Entre as rotatórias da Apaporé e da entrada do Calcário Bodoquena