Cinco ex-ministros da Bolívia pediram asilo político no Brasil. Pelo menos três deles estão em Campo Grande e Corumbá e os demais no e no Amapá.

A informação foi revelada nesta segunda-feira (10) pelo Leandro Mazzini, da Coluna Esplanada. A identidade dos políticos não foi divulgada por questões de segurança.

O Ministério da Justiça informou ao colunista que não pode revelar “eventuais pedidos ou processos de refúgio, devido ao sigilo previsto em lei”.

Os cinco foram membros do gabinete da ex-presidente interina do país vizinho, Jeanine Áñez. Ela foi presa em março acusada de sedição, crime de insurreição contra autoridade constituída; conspiração e terrorismo.

O grupo político é apontado como responsável por um golpe de Estado em novembro de 2019. Na ocasião, o então presidente Evo Morales renunciou após intensos protestos. A cúpula militar chegou a pedir que ele deixasse o cargo.

Morales foi reeleito pela quarta vez um mês antes da crise, em um pleito que opositores e a OEA (Organização dos Estados Americanos) apontaram como fraudulento. Com a renúncia de outros membros da linha sucessória, Áñez assumiu a presidência como segunda vice-presidente do Senado.

Ex-ministro da Economia, Luis Arce foi eleito presidente em outubro de 2020 em um pleito suplementar. Morales voltou à Bolívia após a posse de seu ex-ministro da Economia.