Um novo texto do projeto formulado pelo Governo do Estado para reestruturação da carreira de policiais civis teria alterado o tempo para que os agentes atinjam a Classe Especial — última classe da categoria. Segundo o (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), o tempo passa a ser de 21 anos e não mais 24 conforme consta no projeto enviado à Assembleia Legislativa. A proposta será discutida pelos policiais neste sábado (20).

“Estávamos em 24 anos com a proposta do Governo, daí caiu para 21 anos”, afirmou o presidente do sindicato, Giancarlo Miranda. A reunião entre a entidade, deputados e secretários do Governo aconteceu na última quinta-feira (18).

Conforme o representante da categoria, foi apresentada a proposta que altera o tempo para alcançar o final da carreira. “Lá falaram sobre essa proposta de reestruturação que o Governo encaminhou, que era possível avançar e pediram uma resposta nossa”, explicou.

Assim, os policiais se reúnem neste sábado (20) em assembleia, para debater sobre a resposta do Governo. “É uma proposta muito técnica, então amanhã nós vamos tentar fazer esse esclarecimento, ver se é viável essa mudança”, disse.

Os policiais civis divulgaram uma carta, não autorizada pelo Sinpol-MS, criticando a primeira proposta protocolada na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). Segundo Giancarlo, o encontro para discussão e elaboração de resposta ao Governo será ‘participativo'.

“Esse foi o principal ponto que os policiais reclamaram, a questão do tempo que aumentou muito”, justificou. Atualmente, os profissionais precisam de 15 anos para atingir a classe especial.

Negociações da reestruturação

Na quinta-feira (19), também ocorreu reunião entre os deputados, secretários do Governo do Estado e representantes de entidades da Polícia Militar e Bombeiros Militares de MS. Para esta classe, foi proposta alteração no mérito intelectual e interstício. 

O governador (PSDB) chegou a admitir, na tarde desta quinta-feira (18), que pode alterar pontos no projeto de reestruturação das carreiras dos servidores públicos estaduais. “Se não ferir isso (Lei de Responsabilidade Fiscal) o Governo está aberto a dialogar e alterar algum ponto que possa aprimorar os projetos. Não só dos militares, mas também de outras categorias que têm discutido e algumas que não estão contempladas e que também continuam discutindo com o Governo do Estado”, disse Reinaldo.

Presente nas reuniões, o deputado Capitão Contar (PSL) acredita que a busca por melhorias para os servidores é constante. “Apesar de me opor inúmeras vezes à base do governo, tenho confiança que os pleitos possam ser atendidos. É uma questão de justiça e merecimento”, disse. O parlamentar destacou o trabalho da . “A Assembleia está fazendo sua parte, com esforço de todos os deputados”.